Augusto é aliado do presidente Bolsonaro de longa data e é saudosista do período da ditadura. (Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados)
Augusto é aliado do presidente Bolsonaro de longa data e é saudosista do período da ditadura. (Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados)


O deputado federal Capitão Augusto (PL) será homenageado na Câmara Municipal de Fartura com a maior honraria do Legislativo, que é o título de cidadão farturense, a cidadania honorária.

A sessão solene será a partir das 19 horas da próxima sexta-feira (29) e a homenagem acontece por intermédio do presidente da Câmara, Fernando Pitukinha (PTB), que é parceiro do parlamentar, que já destinou mais de R$ 2 milhões em emendas para Fartura.

Serão entregues ainda medalhas de reconhecimento comunitário de segurança aos integrantes das polícias Civil e Militar de Fartura.

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“Sua presença em muito contribuirá para o sucesso deste evento. Contamos com vocês para homenagearmos essas pessoas tão importantes para Fartura”, afirmou o presidente da Câmara, Pitukinha.

Líder da bancada da bala

Principal nome da chamada bancada da bala – como é conhecido o grupo de parlamentares que defende o armamento civil –, Capitão Augusto é parceiro e atualmente está no mesmo partido do presidente Jair Bolsonaro (PL), apesar de ter admitido recentemente ter ressalvas em relação ao seu mandato.

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Augusto já articulou para beneficiar seus aliados, como o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), e é conhecido nacionalmente por ser um defensor do período da ditadura militar no Brasil. No final do ano passado, quando o atual presidente anunciou a sua filiação ao PL, o deputado comemorou a novidade.

“O que ele [Jair Bolsonaro] quer é um palanque, em cada estado, de algum candidato das majoritárias, seja governador ou senador, fazendo campanha para ele como presidente. Isso que está sendo ajustado agora”, disse em entrevista à Jovem Pan, reconhecendo que o apoio ao atual governador, Rodrigo Garcia (PSDB), deverá ser revisto em SP.

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Capitão Augusto afirmou em 2015 que gostaria de criar o Partido Militar Brasileiro (PMB), um grupo “à direita de tudo que aqui está”, com claras referências à ditadura no Brasil.

Em 2020, quando era candidato à presidência da Câmara, um de seus principais projetos políticos, criou polêmica ao distribuir anéis banhados em ouro e prata a seus colegas.

“Quem me dera garantir um voto em troca de um anel. O anel é um agrado para quem está apoiando a criação da frente parlamentar dos Cacs [caçador, atirador, colecionador]”, disse Augusto na época, em referência ao grupo que é alinhado à bancada da bala.

O deputado já presenteou o presidente com uma caneta feita numa cápsula de munição de fuzil e os filhos do presidente com prendedores de gravata em formato de metralhadora, o qual ele também usa.