41 pessoas morreram em um grave acidente próximo a Taguaí nesta semana. (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros)
41 pessoas morreram em um grave acidente próximo a Taguaí em novembro de 2020. (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros)


O Ministério Público do Trabalho (MPT) está investigando o acidente que matou 41 pessoas entre as cidades de Taguaí e Taquarituba, na última quarta-feira (25). A colisão, que ocorreu no km 172 da Rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho (SP-249), foi um dos mais graves acidentes já registrados no estado e no país.

De acordo com reportagem do Portal G1, o MPT entrou com uma representação contra a confecção em que as vítimas trabalhavam, a empresa Stattus Jeans Indústria e Comércio Ltda, e a Star Fretamento e Locação Eireli – EPP, responsável pelo ônibus envolvido no acidente. A Star, inclusive, foi considerada clandestina pela própria Artesp, uma vez que não possuía autorização para circular.

As vítimas, em sua grande maioria costureiros e costureiras, eram de Itaí (algumas de Taquarituba) e faziam o percurso de ônibus todos os dias para trabalhar. O advogado da companhia têxtil, empregadora, chegou a dizer em entrevista ao UOL que a Stattus não tinha nenhum tipo de ligação com o transporte, uma espécie de “lotação” contratada pelos próprios funcionários.

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O MPT apura as respectivas responsabilidades de ambas as empresas na tragédia. Além desta investigação, a Polícia Civil instaurou um inquérito para verificar a causa da colisão, ainda não esclarecida – apuração preliminar aponta para um erro humano, segundo informou a delegada Camila Rosa Alves em entrevista coletiva nesta quinta (26).

A delegada Camila Rosa Alves durante coletiva nesta quinta-feira (26). (Foto: Divulgação)

De acordo com a delegada da Polícia Civil de Taquarituba, a investigação trabalha com duas possibilidades: falha nos freios (informação revelada a princípio pelo motorista do ônibus, que sobreviveu) e tentativa de ultrapassagem em local proibido.

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“Os policiais se anteciparam e colheram as versões de forma informal. No local dos fatos era muito evidente que o ônibus havia invadido a contramão. O que causou isso é o que nós estamos querendo apurar e é o que vai levar a responsabilização criminal dessas mais de 40 mortes”, explicou a delegada.