O prefeito de Fartura, Luciano Filé (PSDB), foi denunciado em dois casos distintos na Câmara Municipal, que serão votados durante a próxima sessão ordinária nesta segunda-feira (1º).
O Jornal Sudoeste do Estado destacou em publicação no início desta semana que a primeira denúncia é de assédio moral, abuso de poder, perseguição e discriminação apresentada pela servidora pública Luciana Meneguel.
A denunciante alega que está sendo perseguida pelo prefeito devido suas convicções políticas e mais outras servidoras também apresentaram denúncias com o mesmo teor nesta semana.
“Fui avisada pelos meus colegas de trabalho, sobre uma mudança de cargo articulada por algumas servidoras e o prefeito. Essas movimentações foram concretizadas, ele rebaixou meu cargo, me tirou da função que eu exercia durante 20 anos. Segundo o questionamento que eu fiz ao RH (setor de Recursos Humanos), obtive a resposta de que eu não me enquadrava no cargo que eu ocupava. Nunca tive nenhum problema pessoal com ele (prefeito Luciano Filé) e a única coisa que eu sempre assumi foi a minha posição política contraria dele”, explicou Luciana, em declaração repercutida pelo jornal.
“As perseguições começaram a se concretizar em abril do ano passado, quando fui avisada que não iria trabalhar mais no paço municipal, quando ele me fez tirar mais quinze dias de férias e quando eu voltei das férias fui informada que eu trabalharia no PAT. Que não tem nada a ver com as minhas atribuições”, complementou.
Já o conteúdo da segunda denúncia protocolada é referente a áudios vazados na semana passada, com agressões verbais proferidas pelo prefeito de Fartura contra a mãe de seu filho. Os áudios do aplicativo WhatsApp viralizaram recentemente e foram assunto entre os moradores da cidade.
Segundo a Câmara Municipal de Fartura, as denúncias serão lidas e depois colocadas em votação.
Prefeito se pronuncia
Na manhã desta segunda-feira (1º), o prefeito farturense publicou em suas redes sociais oficiais um vídeo no qual pede desculpas à população pelos áudios vazados (confira o depoimento no vídeo abaixo), mas frisa que a exposição aconteceu sem sua autorização e que o caso dos áudios abrange questões pessoais.
Além disso, Filé solicita aos nove vereadores municipais que votem pela abertura da CPI que investigará as denúncias de perseguição de funcionários. “Pois eu tenho a convicção e a segurança de afirmar que jamais persegui qualquer servidor”, disse.
“As mesmas denúncias foram protocoladas na Promotoria de Justiça aqui de Fartura. E, após a apresentação da defesa e os esclarecimentos dos fatos, foram arquivadas por falta de provas”, continuou. “Até o presente momento, eu sequer fui ouvido ou notificado para apresentar a defesa”, completou.