Quase um ano após o episódio, Cury foi expulso de seu partido. (Foto: Divulgação/Alesp)
Quase um ano após o episódio, Cury foi expulso de seu antigo partido. (Foto: Divulgação/Alesp)


O diretório do Cidadania de São Paulo decidiu, na última segunda-feira (22), expulsar o deputado estadual Fernando Cury do partido. O parlamentar apalpou os seios da deputada Isa Penna (PSOL) em dezembro do ano passado, durante sessão da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), em dezembro do ano passado. O episódio foi registrado por câmeras do plenário.

Por 27 votos a 3, o diretório seguiu a manifestação do Conselho de Ética Nacional do Cidadania, que havia dado parecer pela expulsão. Agora, cabe recurso apenas ao diretório nacional do partido.

Secretária Nacional de Mulheres, Raquel Dias disse que o diretório estadual fez “justiça à história do partido” e mostrou que o partido “não esconde” os problemas, “mas os enfrenta”.

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O presidente do Cidadania, Roberto Freire, lamentou que o partido tenha levado tanto tempo para tomar a decisão.

“Demorou. Já deveríamos ter resolvido isso. Lamentavelmente, ele foi ao judiciário discutir uma questão que é político-partidária e obteve liminar adiando um processo que deveria ser mais ágil. Eu diria até que deveria ser sumário pela gravidade da falta. O diretório de São Paulo fez justiça”, disse.

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Fernando Cury é parceiro de longa data de políticos e organizações da região sudoeste de SP. Recentemente, o deputado estadual reuniu-se com o prefeito de Sarutaiá, Isnar Freschi (PTB), que solicitou verbas para o município, além de ter visitado instituições beneficentes em Fartura e também em Itaí.

Fernando Cury (Cidadania) e Isa Penna (PSOL). (Foto: Divulgação/Alesp)
Fernando Cury (até então no Cidadania) e Isa Penna (PSOL). (Foto: Divulgação/Alesp)

Denúncia no MP-SP

Cury foi denunciado pelo Ministério Público do estado de São Paulo (MP-SP) por importunação sexual. A denúncia está sendo avaliada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

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Em fevereiro, a Comissão de Ética do Cidadania começou a avaliar a punição ao deputado. Entretanto, Cury acionou a Justiça e obteve decisões tanto em primeira instância, quanto da 4ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) suspendendo o processo disciplinar aberto pelo Cidadania contra ele.

Na época, Cury alegou que o gesto de abraçar a deputada por trás, apalpando seu seio foi um “gesto gentil, em um momento que interrompia a conversa de Penna com a mesa diretora”.