Bebê que se afogou em balde e perdeu os movimentos não resistiu um ano depois do incidente. (Foto: Arquivo pessoal)
Bebê que se afogou em balde e perdeu os movimentos não resistiu um ano depois do incidente. (Foto: Arquivo pessoal)


Uma criança de 2 anos, que ficou com diversas sequelas depois de se afogar em um balde com água em Piraju, morreu após passar mal durante a tarde desta quinta-feira (17). A informação foi confirmada pela família.

Ana Clara Silveira Andrade passava por tratamento com fisioterapia, medicamentos e leite especial.

De acordo com a mãe, Alessandra Aparecida Silveira Andrade, a menina estava bem pela manhã, mas a temperatura da garota começou a cair no início da tarde. “Era umas 13h, e senti ela gelada, coloquei coberta e meias para ver se ela esquentava”, contou.

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Apesar disso, a menina começou a ficar com as mãos e os pés roxos. A família decidiu levá-la ao hospital do município, mas Ana Clara acabou morrendo.

Relembre o caso

Ana Clara se afogou no dia 29 de junho de 2021 enquanto estava com a babá, que tinha uma espécie de creche na casa dela e tomava conta de várias crianças em Piraju.

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O pai do bebê contou que, por um descuido, a babá saiu para alimentar outra criança, e Ana Clara caiu dentro de um balde com água. Ela foi socorrida, mas chegou ao pronto-socorro da cidade com um quadro de parada cardiorrespiratória.

O médico que atendeu Ana Clara em Piraju disse ao G1 que ela ficou desacordada por cerca de 15 minutos, até ser reanimada. Depois, a menina foi transferida ao HC de Botucatu, onde ficou por quase um mês na UTI.

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Durante o período de internação, Ana Clara teve que fazer uma traqueostomia para respirar e uma gastrostomia para se alimentar por meio de uma sonda. Os movimentos foram perdidos e, segundo os médicos informaram aos pais, as sequelas seriam por toda a vida.

Com a menina em casa, os pais passaram a arrecadar doações para comprar remédios, fraldas e leite para alimentação enteral.

Hospital de Piraju. (Foto: Divulgação)

Investigação

Inicialmente, a família de Ana Clara informou que não pretendia tomar medidas jurídicas em relação à babá. Apesar disso, eles explicaram que pediram ajuda para a mulher com os custos do tratamento da menina, mas não tiveram retorno.

Com isso, quase três meses após o acidente, a família decidiu registrar um boletim de ocorrência para investigar o caso.

De acordo com a Polícia Civil de Piraju, o BO foi registrado por lesão corporal, e o delegado solicitou todo o prontuário médico do bebê para dar início às investigações.

Na época, o pai de Ana Clara explicou que queria saber se houve problemas no socorro da filha, seja por parte da babá, que estava com ela na hora do acidente, ou dos profissionais que fizeram os primeiros atendimentos.