O Governo do Estado de São Paulo anunciou mudanças nos currículos das escolas da rede pública estadual a partir de 2024. A grade dos alunos contará com mais aulas de matemática e língua portuguesa, menor quantidade na carga horária de disciplinas como artes e filosofia e a extinção das matérias eletivas. No lugar, entrarão aulas de recuperação e preparatórias voltadas ao vestibular.
A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo e confirmada pelo Terra nesta sexta-feira (17). As mudanças, planejadas ao longo do primeiro ano da gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos), envolvem o Ensino Fundamental II, do 6º ao 9º ano, e o três anos do Ensino Médio. A grade do Ensino Fundamental I (1º ao 5º ano) não sofrerá alterações.
Segundo a Secretaria de Educação Estadual, as mudanças simplificarão os itinerários formativos do Ensino Médio, que diminuem de 12 para três, considerando o Ensino Técnico, com a ampliação da carga horária das disciplinas de matemática, língua portuguesa, física, geografia e história.
No ciclo básico, comum aos itinerários formativos, as aulas de língua portuguesa passam de 10 para 16, somando os três anos do Ensino Médio. Matemática passa de 10 a 17, além de maior quantidade de aulas de física, geografia e história. O aumento da carga horária foi possível com a redução das aulas de artes, filosofia, sociologia e tecnologia/robótica.
A carga de horária de artes, filosofia e sociologia será maior para quem optar pelo itinerário de Linguagens/Ciências Humanas, segundo o documento exposto aos supervisores das redes de ensino nesta sexta-feira, 17. Quem optar por Exatas/Ciências da Natureza, terá mais aulas de tecnologia/robótica.
Para o Fundamental II, a mudança prevê a inclusão de duas aulas semanais de recuperação de língua portuguesa e matemática, do 6º ao 9º ano. Em escolas de tempo integral, são quatro aulas de recuperação nos 6º e 7º anos, e duas no 8º e 9º ano. Essas turmas também terão as matérias eletivas extintas e tiveram as disciplinas de Projeto de Vida e das Artes reduzidas pela metade, dando lugar à tecnologia e educação financeira.
“A proposta é de que as aulas de educação financeira sejam ministradas de forma a atrelar ensino-aprendizagem com a realidade de cada aluno, de cada comunidade escolar. Por aqui, estamos estabelecendo um processo que não se limite a ensinar um estudante a aplicar o seu dinheiro, mas também a não se endividar”, afirma o secretário de Educação de São Paulo, Renato Feder.