O estado de São Paulo, assim como Minas Gerais, registraram aumento da seca segundo a última atualização do Monitor de Secas. A plataforma realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo.
Na comparação entre abril e maio, em termos de severidade da seca, houve uma intensificação do fenômeno tanto em Minas Gerais quanto em São Paulo com o aumento das áreas com seca moderada nesses dois estados. No Espírito Santo e no Rio de Janeiro, a severidade da seca se manteve estável nesse período somente com a presença de seca fraca – a mais branda da escala do Monitor – em ambos.
Com a situação de MG e SP, a área com seca moderada na região Sudeste como um todo aumentou de levemente de 18% para 19%, indicando uma intensificação regional da seca.
Em termos de áreas com seca, entre abril e maio, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo registraram aumento das áreas com o fenômeno. No território mineiro houve uma ligeira elevação de 56% para 57% de áreas com seca.
Em SP o aumento foi de 78% para 85%, enquanto no RJ o avanço da seca foi de 4% para 42% do território fluminense. O Espírito Santo registrou estabilidade da área com o fenômeno, que se manteve em 63% do território capixaba.
Com esse cenário, a região Sudeste teve um aumento da área total com seca, que passou de 60% para 64% de seu território. A seguir estão os destaques por estado da região Sudeste de maio.
Cenário nacional
Entre abril e maio, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno em quatro unidades da Federação, conforme a última atualização do Monitor de Secas: Amazonas, Mato Grosso, Pará e Roraima. Já em outros três estados a seca se intensificou nesse período: Acre, Minas Gerais e São Paulo. Em termos de severidade, a seca ficou estável em 14 unidades da Federação: Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia e Tocantins. Os estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina seguiram sem registrar o fenômeno, que deixou de ser verificado tanto em Alagoas quanto em Sergipe.
Na comparação entre abril e maio, 12 unidades da Federação registraram o aumento da área com seca: Acre, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo. Tanto no Amapá quanto no Pará houve uma diminuição da extensão da seca, que deixou de ser registrada em Alagoas e Sergipe. Em outras sete unidades da Federação, a área com o fenômeno se manteve estável: Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Roraima e Tocantins. Já a Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina seguiram livres de seca em maio.
Quatro unidades da Federação registraram seca em 100% do território em maio deste ano: Acre, Amazonas, Distrito Federal e Roraima. Para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Nas demais unidades da Federação que registraram área com seca, os percentuais variaram de 11% a 98%.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de maio, seguido por Pará, Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás. No total, entre abril e maio, a área com o fenômeno aumentou de 5,68 milhões para 5,83 milhões de km², o equivalente a 68% do território brasileiro.