O Estado de São Paulo realiza o maior levantamento de borboletas frugívoras (família Nymphalidae) do estado. A espécie é essencial na polinização, dispersão de sementes e atua como indicadora ambiental, promovendo a biodiversidade e a saúde dos ecossistemas.
O programa da Fundação Florestal (FF), órgão vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, tem o objetivo de coletar mais dados sobre a espécie. Até o final de 2023, foram identificadas 2,6 mil borboletas em unidades de conservação.
A identificação ocorre por meio de armadilhas e o monitoramento é dividido em duas etapas. No primeiro dia é realizada a instalação das armadilhas e a iscagem, que é preparada com uma mistura de banana nanica madura com caldo de cana ou açúcar mascavo. Com o processo de captura realizado, acontece a identificação das borboletas. Os dados aferidos são registrados com uso de um aplicativo e, após isso, as borboletas são imediatamente soltas.
De acordo com o diretor executivo da Fundação Florestal, Rodrigo Levkovicz, desde o início do programa houve um aumento na participação das unidades de conservação. “A meta é expandir para mais unidades de conservação, de 22 para 40, priorizando áreas-chave e investigando impactos ambientais, como os causados por agrotóxicos. As borboletas são indicadoras importantes da saúde do ecossistema e o sucesso do programa faz com que a ampliação seja possível”, afirma Levkovicz.
A expansão do programa também visa entender melhor áreas prioritárias, como os Parques Estaduais da Serra do Mar, Carlos Botelho e Cantareira, além da Estação Ecológica Jataí e Vassununga, e compreender o impacto dos agrotóxicos nos canaviais próximos a essas unidades.
Os dados coletados nessas regiões servem como ponto de partida para medidas de gestão e manejo a serem implementadas em diferentes áreas de Unidade de Conservação. O monitoramento contínuo permitirá acompanhar a presença e frequência das borboletas, fornecendo informações valiosas sobre a qualidade ambiental de cada região.