Conhecido por organizar eventos culturais e esportivos na região de Fartura, José Sildemar Fabro (PSB) comunicou que não vai se candidatar a nenhum cargo nas eleições deste ano. Ele havia anunciado no último mês de junho a sua intenção de concorrer no pleito de 2020, provavelmente como vereador.
Sildemar, como é conhecido entre os farturenses, é filiado ao PSB há mais de dez anos e foi presidente do partido em Fartura entre 2015 a 2019. Deixou o cargo quando o médico Rui Colanzi tornou-se presidente da legenda na cidade.
Apareceu no cenário político nas eleições de 2000 e 2004, pelo PV. Em 2012, já procurando se posicionar como uma terceira via que acabasse com a polarização política no município, foi vice na chapa que teve Nelson do Jornal (na época do PR) como pré-candidato a prefeito e teve 4,42% dos votos válidos.
Quatro anos atrás, Sildemar trabalhou junto com um grupo formado pelos partidos PSOL, Rede e PSB, responsáveis pela candidatura de Paulo Custódio (conhecido também como Paulo Surubi ou Paulo do Banco do Brasil) e Maryel Garbelotti, que conquistou 11,24% dos votos válidos na cidade. Na época, o professor Henrique Lucarelli, que também fazia parte da coligação pelo PSOL, obteve a terceira melhor votação de um candidato a vereador, mas não conseguiu se eleger em função do pouco número de votos em sua legenda. Ele também retirou seu nome da disputa este ano.
Sildemar participou desde o início da formação do grupo Bandeira Branca – hoje representado pelo vereador Doriveti Gabriel (pré-candidato a prefeito) e a professora aposentada Beatriz Teixeira (pré-candidata a vice) –, e era nome esperado para as eleições municipais deste ano, contudo acaba de confirmar sua retirada da disputa.
Confira abaixo a carta enviada por Sildemar Fabro aos veículos de imprensa:
“É com enorme pesar que retiro minha pré-candidatura às eleições de 2020, decisão se dá em respeito ao PSB, aos eleitores farturenses e, sobretudo à minha família, pois o atual momento político contraria o que penso, contraria a filosofia partidária, bem como os preceitos democráticos.
Confesso que nunca fui habituado ao jogo bruto da política tradicional, da política autoritária, da frase de efeito para esconder a verdade, da artimanha e dos politiqueiros que desejam ganhar a qualquer custo.
Sou um servidor público estadual pelos meus próprios méritos, pai de família, um pesquisador, um entusiasta de gestões inovadoras e fiéis aos valores cristãos, e tenho orgulho disso.
O patrimônio que possuo é meu nome limpo, um caráter moldado pela dedicação dos meus pais em me educar para o mundo e, portanto, a responsabilidade de repassar para meus filhos o que aprendi: respeito ao próximo, ajudar os semelhantes e amar a Deus.
A vida nos proporciona escolhas e, por isso, devemos eleger prioridades e é isso que estou fazendo neste momento. Esse é o meu anseio, minha decisão. Prefiro seguir outro caminho, o da conclusão de um projeto pessoal repleto de perspectivas.
Contudo, continuarei atento à vida pública, APOIAREI alguém preparado, com ideais progressistas e comprometido com a comunidade. Acredito que é possível fazer política de forma democrática, justa e transparente, que sirva e não se sirva de sua gente.
Penso igual a todo farturense de bem, que os interesses de Fartura prevaleçam sobre os interesses pessoais e que a cidade volte a se destacar e reconquiste seu prestígio construído ao longo da sua rica e gloriosa história.
Por fim, não preciso ser eleito para contribuir com nosso querido município, e tampouco preciso vencer eleições para satisfazer meu ego, até porque, não vivo de política, penso que a política deva ser um meio de melhorar o dia a dia da coletividade.”