Fachada da Penitenciária Cabo PM Marcelo Pires da Silva, no interior de São Paulo. (Foto: Reprodução)
Fachada da Penitenciária Cabo PM Marcelo Pires da Silva, no interior de São Paulo. (Foto: Reprodução)


A Penitenciária Cabo PM Marcelo Pires da Silva, em Itaí, na região sudoeste de SP, é a única do Brasil exclusiva para estrangeiros e abriga um discreto, mas perigoso grupo de detentos chineses ligados a crimes como tráfico de drogas, sequestros e extorsões. O fato foi destaque recentemente no site Metrópoles e em outros veículos de relevância nacional.

Dos 27 presos chineses, 11 são traficantes. Entre eles está Pikang Dong, 69 anos, suspeito de chefiar uma quadrilha que comercializa metanfetamina em São Paulo. Seu celular revelou uma rede de entregas da droga em diversos pontos da cidade.

Outro destaque é Bo Lin, 38 anos, apontado como principal matador da máfia chinesa Bitong, que extorquia comerciantes no centro de São Paulo. Ele foi condenado a 142 anos de prisão por vários crimes, incluindo sequestro e homicídios.

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Seu comparsa, Lin Xianbin, 52 anos, foi preso em janeiro após reconhecimento facial e deve retornar à unidade prisional.

Na prisão, os detentos chineses mantêm comportamento reservado, evitam contato com outras nacionalidades e utilizam cartas e advogados como principal meio de comunicação.

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Muitos estudam para reduzir suas penas e aprendem português assistindo novelas e consultando dicionários enviados pelo consulado chinês.

A penitenciária de Itaí é considerada modelo, livre do controle de facções como o PCC. Mesmo assim, a presença de mafiosos chineses revela a complexidade do crime organizado internacional em solo brasileiro.

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Em 2022, porém, o site investigativo Ponte Jornalismo revelou que custodiados da penitenciária no interior do estado não estariam tendo acesso a comida e remédios, além de serem torturados, segundo parentes e advogados.