Governo de São Paulo reforça Operação SP Sem Fogo para controlar riscos de incêndio no período de estiagem. (Foto: Divulgação)
Governo de São Paulo reforça Operação SP Sem Fogo para controlar riscos de incêndio no período de estiagem. (Foto: Divulgação)


Com a chegada do feriado de 9 de Julho, o Governo do Estado de São Paulo alerta para os riscos de incêndios próximos às margens de estradas e rodovias no período de estiagem. A vegetação seca, o vento e o uso irregular das queimadas aumentam as chances de o fogo se alastrar rapidamente no entorno das vias.

Desde o início de junho, o Governo de São Paulo reforçou os esforços para prevenção de incêndios durante o período de estiagem com a implantação da operação SP Sem Fogo. A ação envolve o apoio da Defesa Civil, Secretaria de Segurança Pública (SSP) e Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil).

O superintendente do Centro de Controle de Informações (CCI) da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), Rudyard Paiva, alerta que o motorista não deve enfrentar o fogo e precisa ficar atento aos avisos que estão nos Paineis de Mensagem Variável (PMVs) espalhados nas estradas. As concessionárias de rodovias paulistas também monitoram os focos de incêndio diretamente dos seus Centros de Controle de Operação (CCOs) e, quando identificam ocorrências, acionam as equipes da própria operadora e comunicam o Corpo de Bombeiros e a Polícia Rodoviária Militar.

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Cada concessionária possui um 0800. Pelo telefone, o motorista pode obter orientações com os CCOs. “Outro detalhe importante: a cada quilômetro nas rodovias tem o call box, que são aqueles telefones que ligam diretamente com a concessionária. O condutor tem várias formas de fazer contato e receber orientações em relação à sua viagem e ao seu trajeto”, explica Rudyard Paiva.

Para orientar o motorista, o Centro de Controle de Informações (CCI) da Artesp também possui site próprio onde é possível consultar informações sobre as rodovias em tempo real, sendo possível identificar onde há ocorrências de acidentes, incêndios ou fumaça.

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Saiba o que fazer se houver incêndio na estrada, de acordo com recomendações da Artesp, Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e da Defesa Civil:

  • O motorista deve reduzir a velocidade assim que avistar fumaça;
  • Fechar vidros e posicionar o sistema de ventilação na posição recircular;
  • Trafegar com farol baixo aceso;
  • Manter uma distância maior do veículo da frente e evitar frear bruscamente;
  • Ao entrar em via com cortina de fumaça, não parar o veículo na faixa de rolamento; caso a fumaça esteja intensa, procurar local adequado e seguro distante do ponto de incêndio;
  • Ao se deparar com um incêndio florestal ou situação de queimada na rodovia, é importante que o condutor avise imediatamente o Corpo de Bombeiros (193) ou a Defesa Civil (199).

Tarefa de todos

ação humana está entre as principais causas dos incêndios: bitucas de cigarro jogadas das janelas dos veículos; fogueiras não autorizadas para queima de lixo ou fins agrícolas; utilização do fogo descontrolado para limpeza de terrenos e a soltura de balões.

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Levantamento da Artesp aponta que, entre janeiro e maio deste ano, foram registrados 3.067 focos de incêndio em rodovias estaduais concedidas, alta de 150% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram 1.224 ocorrências. Entre as estradas estaduais sob jurisdição do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), o número foi de 451, variação de 176% em relação a 2023.

Como parte da Operação SP Sem Fogo, o DER investe, neste ano, R$ 59 milhões em serviços de conservação e manutenção das margens das rodovias, com a poda e limpeza das áreas das respectivas faixas de domínio. A limpeza é uma ação preventiva fundamental para evitar incêndios de grandes proporções em áreas verdes afetadas pela estiagem.

Além disso, o superintendente do DER, Sergio Codelo, destaca que foram contratadas 14 carretas (uma para cada regional do departamento) para realizar o primeiro atendimento de combate aos incêndios nas rodovias, pelo período de estiagem, com investimento de R$ 5,9 milhões.

”O nosso objetivo maior é salvar vidas. Por isso, trabalhamos para, até 2030, reduzir pela metade o número de acidentes, investindo na manutenção e sinalização das rodovias, mas também em metodologias e sistemas para mapear os pontos críticos dos mais de 13 mil quilômetros da nossa malha viária”, afirma.

As 20 concessionárias que administram parte das rodovias da malha rodoviária paulista também trabalham constantemente com campanhas de conscientização dos motoristas e das pessoas que moram ou trabalham às margens das rodovias. Além disso, a Artesp está se reunindo com a Polícia Ambiental e com o Corpo de Bombeiros, buscando controlar e mitigar os efeitos dos incêndios em coberturas vegetais próximos às rodovias.

Animais na estrada

Os incêndios próximos às rodovias também impactam a fauna silvestre. Com o fogo, os animais buscam locais seguros e podem acabar transitando pelas rodovias. O coordenador da fiscalização e biodiversidade da Semil, Rafael Frigério, recomenda que, em caso de atropelamento ou de queimaduras de animais, o motorista entre em contato nos canais de contato da rodovia para acionar os responsáveis que irão resgatar esse animal.

Já nas rodovias onde é comum encontrar animais na pista, há uma sinalização alertando os motoristas, pedindo para que respeitem a velocidade e sigam as orientações se eventualmente visualizar um animal silvestre. Em algumas rodovias, há também a passagem de fauna, que é uma espécie de um corredor que cruza a rodovia e permite que os animais se desloquem em segurança.