Terceira dose da vacina vai reforçar a imunização da população. (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Imagem ilustrativa. (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)


O Ministério da Saúde informou que iniciará, na segunda quinzena de setembro, a aplicação da dose de reforço da vacina contra a covid-19 a “todos os indivíduos imunossuprimidos após 28 dias da segunda dose e para as pessoas acima de 70 anos vacinados há 6 meses”.

A decisão pela aplicação da terceira dose foi tomada de forma conjunta na noite de ontem (24), em reunião da pasta com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass),o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) e a Câmara Técnica Assessora de Imunização Covid-19 (Cetai).

Segundo o ministério, a imunização deverá ser feita, preferencialmente, com uma dose da Pfizer ou, de maneira alternativa, com a vacina de vetor viral Janssen ou AstraZeneca.

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Também foi decidido, durante a reunião de ontem, que haverá redução do intervalo entre as doses da Pfizer e AstraZeneca, de 12 para 8 semanas.

Reforço

Em entrevista à CNN, o imunologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Jorge Kalil, afirmou que é preciso aplicar uma terceira dose para completar o ciclo vacinal em idosos e pessoas imunossuprimidas (transplantadas recentemente, com câncer, queimaduras graves etc).

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“O que nós estamos propondo agora, que é uma terceira dose para pessoas imunossuprimidas e idosos, não é a mesma coisa que está sendo feito na Europa e em Israel, porque a terceira dose aqui se faz necessária para completar um ciclo de vacinação. As duas doses dadas não foram suficientes, e essas pessoas continuaram bastante suscetíveis a ficarem doentes. Apesar de duas doses da Coronavac, ainda morre muita gente de 80 anos. A vacina foi muito útil, diminuiu muitíssimo as mortes. Mas é melhor ainda nós termos a terceira dose porque isso vai reforçar o sistema imune dessas pessoas e elas vão chegar num nível melhor de proteção”, esclareceu Kalil.

O especialista disse ainda que há um estudo em andamento no Brasil que responderá se as pessoas que receberam as duas primeiras doses da Coronavac poderão receber a terceira dose de um outro imunizante, como o da Pfizer e da AstraZeneca. 

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“Mas [a resposta] vai demorar um mês, um mês e meio, e nós dissemos ao ministro [Marcelo Queiroga] que devemos começar imediatamente. Como tem doses da Pfizer disponíveis e estudos indicam que a Pfizer se mostrou muito bem com outras vacinas, nós acreditamos também que, no caso da Coronavac, uma dose de Pfizer vai ajudar na resposta imune”, completou.