A Polícia Civil está investigando o caso de uma adolescente de 13 anos que foi encontrada morta com sinais de espancamento em Sarutaiá, no interior de São Paulo, no domingo (9). O padrasto e a mãe da vítima, de 28 e 30 anos, foram presos suspeitos de terem cometido as agressões.
De acordo com o boletim de ocorrência, ao chegar em casa, a mãe de Yasmim de Souza Carvalho teria encontrado a filha desacordada e bastante machucada. Uma equipe de resgate foi acionada e levou a adolescente ao pronto-socorro de Piraju, mas ela já não apresentava mais sinais vitais.
No hospital, funcionários da saúde constataram que a vítima poderia ter sido agredida com pedaços de madeira e que, inclusive, possuía cicatrizes pelo corpo.
Questionada, a mãe da garota informou que a filha estava sob os cuidados do atual companheiro dela.
Diante da situação, policiais civis e militares foram acionados e realizaram buscas na região, onde encontraram o padrasto da garota tentando fugir da cidade. Ele e a mãe da vítima foram detidos e levados ao plantão policial, onde tiveram a prisão preventiva decretada.
Ainda conforme o registro policial, o corpo de Yasmin foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) de Avaré (SP) para ser submetido a exames necroscópico e sexológico.
Os outros dois filhos do casal ficaram sob os cuidados do Conselho Tutelar de Sarutaiá.
A prefeitura de Sarutaiá decretou luto oficial de três dias. Em nota divulgada nas redes sociais, o prefeito de Sarutaiá, Isnar Frechi (PTB), lamentou o ocorrido. “Nossa comunidade (…) e a região estão consternados com essa perda irreparável e prestam seus sentimentos à família e amigos de Yasmin”, escreveu.
Violência sexual
O jornal pirajuense Expresso Piraju publicou, no final da tarde desta segunda (10), que, em depoimento prestado à Polícia Civil, o padrasto da menina confirmou ter mantido relação sexual com a menor de idade.
De acordo com o Código Penal, qualquer prática de relação sexual com pessoa menor de 14 anos, independentemente de o ato ter sido consensual, é tipificado como estupro de vulnerável.
Segundo a publicação, o estupro ocorreu um dia antes de Yasmin ser resgatada por uma ambulância da prefeitura de Sarutaiá e levada ao pronto-socorro municipal de Piraju. Conforme divulgado, a ocorrência foi registrada na casa do padrasto, que fica na região central da cidade.
O veículo também informou que a polícia apurou que a mãe da vítima era conivente com a situação. Ela negou qualquer envolvimento no caso, citando ainda que Yasmin nunca relatou estar sofrendo agressão ou abuso sexual. Ela ainda informou que sofria violência física por parte do parceiro.