Santa Casa de Itaí. (Foto: Reprodução)
Santa Casa de Itaí. (Foto: Reprodução)


Ao menos três hospitais da região estão passando por momentos extremamente delicados neste momento da pandemia de covid-19.

Em Itaí, a Santa Casa de Misericórdia da cidade divulgou no último final de semana um comunicado no qual alerta para a gravidade do momento. A unidade está com 100% de ocupação de leitos destinados a pacientes com o novo coronavírus, além de registrar dificuldade na reposição de insumos, como o oxigênio.

“Alertamos para a necessidade de que seja intensificado o isolamento social, bem como as práticas sanitárias, a fim de diminuir a disseminação desta doença que está provocando enorme devastação dos nossos munícipes”, publicou a entidade.

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Até o momento, 50 moradores itaienses perderam a batalha para a doença. O caso mais recente foi nesta segunda-feira (7), de um paciente de 58 anos que tinha hipertensão.

Fachada do hospital de Piraju. (Foto: Reprodução/Google)

Piraju

No município de Piraju, de acordo com veículos de imprensa da cidade, a ocupação cada vez maior de internações no hospital da cidade é motivo de bastante preocupação por parte da Sociedade de Beneficência. Recentemente, todos os 11 leitos estiveram ocupados e outros seis precisaram ser improvisados para atender a demanda.

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Ao Expresso Piraju, o diretor clínico Reinaldo Barcala reconheceu que “não há perspectiva de melhora no curto prazo” e defendeu uma espécie de lockdown como medida de prevenção.

“Se eu tivesse a caneta na mão, eu fecharia tudo, absolutamente tudo”, afirmou. “A única coisa que eu aceitaria, com restrições, seriam as clínicas, farmácias, pronto-socorros e postos de saúde.”

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O discurso de Barcala foi apoiado nas redes sociais por médicos que trabalham na cidade. Outro ponto que preocupa as autoridades de Saúde em Piraju é a possibilidade de falta de oxigênio para os pacientes.

Desde o início da pandemia, 59 pacientes pirajuenses faleceram em decorrência do novo coronavírus. Atualmente, segundo a atualização mais recente, há 223 pessoas em isolamento (com o vírus ativo no corpo), além de 14 internados.

Avaré

A cena que chamou a atenção no pronto-socorro de Avaré foi quando uma médica do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) assumiu o atendimento na unidade de saúde por falta de médicos no local, nesta segunda-feira (7).

A médica do Samu também trabalha no pronto-socorro, mas não estava de plantão naquele momento. Há relatos de moradores que estariam aguardando há dias por um atendimento na unidade.

Segundo a Secretaria de Saúde do município, a falta de profissionais ocorreu porque uma empresa terceirizada que administra o PS teria atrasado salários e deixado de atender a pedidos dos plantonistas, como antecipação de pagamentos.

Médica do Samu precisou atender fora de seu horário de trabalho em Avaré. (Foto: Arquivo pessoal)

Segundo a prefeitura, a situação começou a se agravar no dia 20 de maio, mas piorou ainda mais recentemente. O órgão também informou que, na tarde de ontem, já havia outro médico atendendo no local.

A administração municipal registrou um boletim de ocorrência e entrou com um processo por quebra de contrato. O 1º DP de Avaré investiga o caso, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP). A empresa Infomed, que administra o PS de Avaré, confirmou ao G1 o atraso no pagamento de alguns médicos e disse que a situação está sendo regularizada.

De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado em Avaré, há no momento 332 pessoas em isolamento domiciliar com o vírus no organismo. Foram registrados 180 óbitos por covid-19 confirmados, além de três mortes suspeitas.