Prefeito de Chavantes chegou a ser afastado após Câmara aprovar abertura de CP. (Foto: Reprodução/TV TEM)
Prefeito de Chavantes chegou a ser afastado após Câmara aprovar abertura de CP. (Foto: Reprodução/TV TEM)


O Tribunal de Justiça do Estado de SP publicou, na noite desta terça-feira (6), uma decisão que suspende o afastamento do prefeito de Chavantes, Marcio Burguinha (PSDB).

O líder do Executivo receberia tal punição pós a Câmara Municipal aprovar a abertura de uma Comissão Processante (CP) para investigar a suspeita de uso indevido de veículos oficiais por parte do líder do Executivo.

A decisão narra que “o afastamento preventivo do prefeito municipal não é cabível na hipótese de instauração de Comissão Processante, visto que não há previsão na legislação para a adoção de tal medida, conforme, inclusive, Parecer Jurídico da Procuradoria da Câmara Municipal de Chavantes”.

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O documento, ainda determinou a imediata recondução do prefeito ao seu cargo político.

Márcio Jesus do Rêgo, do PSDB, prefeito de Chavantes. (Foto: Reprodução/TV TEM)
Márcio Jesus do Rêgo, do PSDB, prefeito de Chavantes. (Foto: Reprodução/TV TEM)

Comissão processante

A CP em questão foi instaurada na sessão desta segunda-feira (5) após ser apresentada ao Legislativo uma denúncia de que um veículo da Secretaria de Educação teria sido usado pelo prefeito para ir até o túmulo de seu pai, no Cemitério Distrital de Irapé, no dia 25 de dezembro de 2023.

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Na data, um munícipe anônimo teria alertado alguns vereadores do ato do prefeito. Os parlamentares foram até o local, constataram o fato e acionaram a Polícia Militar.

Cinco de nove vereadores votaram a favor da abertura da CP, que será liderada por Luis César Pedro Longo (PTB), Rafael Lopes Garcia (PSDB) e Daniel Belizário de Oliveira (Podemos).

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O G1 entrou em contato com Marcio Burguinha, que informou que “não houve irregularidade, pois estava indo ao cemitério para visitar o túmulo do pai e, como não se sentia bem, a namorada que dirigia o carro”. Ele também afirmou ser vítima de perseguição política.

Segundo afastamento

Em março de 2021, Márcio Burguinha (PSDB) já havia sido afastado após a abertura de uma CP que investigava suposta fraude em licitação para contratação de empresa de limpeza na cidade.

Na época, uma empresa alegou que o prefeito ofereceu vantagens para contratação do serviço neste mandato, mas a contratação não teria acontecido e diante disso os responsáveis procuraram a Polícia Civil para denunciar o caso.

O prefeito recorreu à Justiça e reassumiu o cargo antes de cumprir todo o afastamento. O processo foi arquivado por falhas procedimentais.