O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), em 2018. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)


O candidato derrotado nas eleições presidenciais de 2018 pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Fernando Haddad, participou nesta segunda-feira (17) de uma entrevista exclusiva durante o Jornal Nova Voz, na Rádio Nova Voz FM. Atualmente professor da Universidade de São Paulo (USP), ele comentou o cenário político nacional e também qual seria a estratégia do principal partido de esquerda do país nas eleições para governador, no ano que vem.

Haddad afirmou que não necessariamente será candidato e que irá “trabalhar por uma terceira via ao [João] Doria e ao [Jair] Bolsonaro em São Paulo”, uma vez que os grupos políticos dos atuais representantes dos governos estadual e federal provavelmente apoiarão candidatos próprios em 2022.

Diante desse cenário, ele reconheceu que existe a possibilidade de apoiar um nome de fora da legenda que “represente um projeto”, como o de Guilherme Boulos (PSOL), candidato derrotado nas eleições para a prefeitura de São Paulo no ano passado, após chegar ao segundo turno.

PUBLICIDADE

“A partir do momento que eu estiver em uma mesa em que o pressuposto seja apresentar uma alternativa ao Doria e ao Bolsonaro, poderemos discutir o nome que agrega mais a essas forças e isso [apoiar Boulos] é absolutamente viável”, respondeu o petista ao jornalista Henrique Outeiro.

Haddad durante entrevista nesta segunda (17). (Foto: Reprodução)

Haddad afirmou que a primeira coisa que precisa ser feita é um projeto que represente as demandas de grupos que não são ligados ao presidente nem ao governador. “Neste momento, não estamos discutindo nomes. Começo a estudar a economia do estado com mais profundidade e estamos começando um estudo muito profundo do potencial de desenvolvimento de SP. Vamos apresentar esses projetos para outros partidos que não concordam nem com Doria nem com Bolsonaro”, explicou.

PUBLICIDADE

Antes de finalizar o assunto, porém, ressaltou que outras pautas são mais urgentes. “O momento é de estudo e de reivindicação de vacina e de auxílio emergencial de 600 reais. Ano que vem vamos decidir nomes”, completou.

O ex-prefeito de São Paulo ainda comentou as atuações tanto do governo federal quanto do governo estadual durante a pandemia, os avanços e as polêmicas de sua gestão na capital, a suspeição do juiz Sergio Moro no julgamento de Lula, a alta incidência de fake news na internet atualmente no Brasil e também fez questão de elogiar o prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), pelas medidas de combate à covid-19 adotadas na cidade paulista.

PUBLICIDADE

Confira abaixo a entrevista na íntegra, a partir dos 30 minutos:



* Conteúdo produzido em parceria com o Jornal Nova Voz