Este sábado (19) foi marcado em todo o país por manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), por uma vacinação mais eficaz no Brasil e também pelo auxílio emergencial e por comida no prato de quem mais precisa neste momento de crise. O dia também marcou a data em que o país atingiu a triste marca de 500 mil pessoas mortas na pandemia.
Sob o mote “Vacina no braço, comida no prato e fora Bolsonaro”, milhares de manifestantes foram às ruas das principais cidades do país, em movimentações que tomaram locais como a Avenida Paulista (em São Paulo), o centro do Rio de Janeiro e a Praça do Derby, em Recife (PE).
Em algumas cidades da região, inclusive, alguns grupos se reuniram para fazer coro aos protestos de nível nacional. Em Fartura, cerca de 20 pessoas estiveram em frente à igreja matriz, no centro da cidade.
“O aumento e extensão do auxílio emergencial, o apoio à CPI da Pandemia, o fim da violência policial, o fim do genocídio da juventude negra, a oposição ao corte de verbas para universidades públicas, o impeachment do presidente Bolsonaro, a homenagem às 500 mil vítimas da pandemia oficialmente contabilizadas e, principalmente, a aceleração e defesa da vacinação contra a covid-19, foram pautas impulsionadoras dessa manifestação”, informou o grupo farturense.
O ato em Fartura reuniu pessoas de todas as idades, incluindo estudantes, trabalhadores locais, pesquisadores, servidores públicos, artistas, profissionais da saúde e servidores aposentados.
De acordo com os participantes, devido ao contexto em que a campanha vem acontecendo, a prioridade tem sido manifestações de forma online ou em espaços abertos, seguindo guias para a participação presencial segura, criados por profissionais da saúde.
O grupo que tem organizado e liderado a campanha no contexto municipal se denomina Fartura a favor da vida e inclui outros coletivos locais, como o Coletivo Manifesto Cultural, que em 2019 organizou eventos como a aula pública ministrada pelo professor e mestre em História, Henrique Lucarelli, e o Sarau Contramão, um evento cultural que aconteceu na pista de skate da cidade e contou com a participação de diversos artistas locais e da região. Outro grupo, o Coletivo Feminista Nísia Floresta, também marcou presença na organização e participação da campanha online e presencial.
Outro município que em 29 de maio não participou de uma manifestação semelhante, mas desta vez esteve presente, foi Avaré. Manifestantes estiveram reunidos em frente ao Mercado Municipal, no centro da cidade, com cartazes que lembravam o número de óbitos por covid-19 no Brasil, pediam pelo auxílio emergencial de 600 reais e por mais vacinas.
Tanto em Fartura quanto em Avaré, as movimentações foram acompanhadas pela Polícia Militar e ocorreram em clima de tranquilidade. Foram registrados ainda atos em capitais como Belém (PA), Belo Horizonte (MG), São Luís (MA) e João Pessoa (PA), além de cidades do interior do país, como Feira de Santana (BA), Novo Hamburgo (RS) e Paraupebas (PA).
