As estações mais frias do ano são também as mais secas. (Foto: Divulgação)
As estações mais frias do ano são também as mais secas. (Foto: Divulgação)


Várias cidades estão vivendo sob uma seca extrema no interior do estado de São Paulo. A falta de chuva se alastra pela região e deixa a umidade relativa do ar próxima de 20%, nível considerado crítico (alerta laranja), quando o mínimo ideal é de 60%, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O fenômeno do El Niño já acabou, mas seus efeitos continuam: os primeiros seis meses do ano foram de recorde de calor e a chuva ficou abaixo da média na maior parte do país. São José do Rio Preto, por exemplo, está sem chuva significativa há 102 dias, ou seja, mais de três meses.

A última chuva significativa no noroeste de São Paulo foi registrada no dia 14 de abril. Segundo o Serviço Municipal Autônomo de Água e Esgoto (Semae), no primeiro semestre de 2023 choveu 1.158 milímetros, contra 606,1 milímetros neste ano.

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A situação também é de alerta nas regiões de Bauru e Marília: Jaú, Bariri, Pederneiras, Iacanga, Bocaina e Arealva aparecem na categoria de seca extrema.

Além disso, a maior parte das cidades nas regiões de Itapetininga, Sorocaba e Jundiaí estão sob a classificação de seca severa, de acordo com dados do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Em Itu, inclusive, a prefeitura decretou intervenção nos reservatórios particulares por causa da estiagem.

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Região

Na região sudoeste de São Paulo, a maioria das cidades apresenta o cenário de seca severa, o segundo mais preocupante, segundo a plataforma de monitoramento do Cemaden.

Cidades da região não estão na classificação mais extrema, mas a situação preocupa. (Foto: Reprodução)
Cidades da região não estão na classificação mais extrema, mas a situação preocupa. (Foto: Reprodução/Cemaden)

Os municípios de Fartura, Timburi, Tejupá, Piraju, Sarutaiá, Bernardino de Campos, Manduri, Arandu, Cerqueira César, Avaré, Águas de Santa Bárbara, Ourinhos, Itaí, entre outros, estão nessa classificação, apresentada na cor alaranjada mais escura no mapa.

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Barão de Antonina, Itaporanga, Taguaí, Coronel Macedo, Taquarituba e Paranapanema estão uma classificação abaixo no índice de severidade, na cor alaranjada mais clara. Nenhuma cidade da região aparece na cor vermelha, a classificação mais grave do levantamento.

Seca mais intensa e mais extensa

Segundo os dados do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), ligado ao governo federal e que monitora a estiagem pelo país, 1.024 cidades no país estão sob a classificação de seca entre extrema e severa (a mais alta da escala).

O número é quase 23 vezes maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando 45 cidades estavam nesses níveis de seca. O monitoramento classifica as cidades em quatro categorias de seca: extrema, severa, moderada e fraca.

O ano de 2024 vai apresentando situação mais preocupante do que o ano passado. (Foto: Pixabay)

A previsão dos meteorologistas é de que a situação da seca seja mesmo mais intensa do que a vista em 2023.

Para se ter uma ideia, em junho do ano passado, quando começava o período de estiagem, eram 45 cidades com classificação de seca extrema e severa.

O número é mais de 20 vezes menor do que o observado no último mês, quando mais de mil cidades foram impactadas nas duas piores classificações de seca.

A previsão de seca é feita pelo Cemaden mensalmente e, depois, atualizada ao fim de cada mês para o que, de fato, aconteceu. Neste mês, até o dia 19, a previsão mantinha 1.095 cidades em classificação de seca extrema e severa. Segundo os pesquisadores, a situação grave vem se confirmando.

Clique neste link para acessar a matéria original e os dados do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).