Em Sessão Extraordinária realizada na última sexta-feira (11), a Câmara Municipal de Fartura votou o pedido de cassação do vereador e presidente da Casa, Fernando Pitukinha (PTB), que foi detido ainda neste ano acusado de porte ilegal de arma de fogo e violência doméstica contra a sua ex-companheira e também vereadora, Nathália Geraldo (PSDB).
Por 5 votos a 4, Pitukinha manteve o seu mandato, que se encerra em dezembro de 2023. Votaram contra a cassação os vereadores João Buranello (PSDB), Henrique Abuchain (PSDB), Felipe Dognani (PDT) e Conrado Benatto (PSDB). Votaram a favor da cassação Anderson Lima (DEM), Toninho Mulinha (PTB), Bruno Guazzelli (PSD), Marquinhos Baiano (DEM) e Decinho Martins (Cidadania).
Para que o pedido de cassação fosse aprovado, seria necessário mais um voto a favor. Os vereadores Mulinha e Conrado Benatto substuíram respectivamente Pitukinha e Nathália, pois os ex-companheiros não poderiam votar por estarem envolvidos no processo.
No mês de julho, a Câmara Municipal de Fartura adotou uma série de medidas para evitar encontros entre o presidente e a vice-presidente do Legislativo da cidade por causa de uma medida protetiva relacionada aos dois.
As ações tiveram que ser tomadas depois que Nathália, que ocupa o cargo de vice-presidente da Câmara, conseguiu uma medida protetiva na Justiça contra Pitukinha.
Violência doméstica
De acordo com a Polícia Civil, o pedido de medida protetiva foi feito em 21 de julho, quando a vereadora registrou um boletim de ocorrência por violência doméstica e ameaça. À polícia, Nathália disse que foi ameaçada pelo companheiro com uma arma de fogo.
Segundo a delegacia de Fartura, a vítima alegou que, motivado por ciúmes, o vereador foi até a prefeitura no dia 19 de julho e fez ameaças a ela e ao prefeito da cidade, Luciano Filé (PSDB). Por causa disso, o BO foi registrado.
Prisão por porte de arma
Depois da denúncia de ameaça com arma de fogo, a Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa do presidente da Câmara de Fartura, dias depois.
A polícia informou que, na ocasião, as equipes encontraram uma arma no carro de Fernando, e ele foi preso em flagrante por porte ilegal de arma.
Ainda conforme a Polícia Civil, o vereador passou por audiência de custódia e foi solto depois de pagar fiança.
Dois inquéritos policiais foram instaurados, portanto, o parlamentar passou a ser investigado em liberdade por ameaça e violência doméstica, e também pelo porte ilegal de arma.