A Justiça decretou no início desta semana a prisão de um aposentado de 65 anos suspeito de ter estuprado uma criança na cidade de Taquarituba. De acordo com a Polícia Civil, três casos envolvendo o homem estão sendo apurados e ele está foragido no momento.
O caso mais recente aconteceu no último dia 11, quando uma criança de apenas 5 anos de idade foi vítima do abusador. De acordo com o delegado Luiz Fernando Rotelli, o aposentado teria ido até a casa dos avós da vítima para realizar serviços de reparo. Em determinado momento, porém, os vizinhos teriam visto o homem tocar na criança e relataram o caso à família da menina.
A mãe da criança foi à delegacia de Taquarituba e registrou um boletim de ocorrência. O delegado apresentou um pedido de prisão ao Ministério Público. O caso foi levado à Justiça, onde o pedido de prisão temporária foi concedido. A polícia esteve na casa do suspeito, mas ele não estava no local e é considerado foragido.
Após a repercussão do caso na cidade, outras duas supostas vítimas do homem de 65 anos estiveram na delegacia para registrar um boletim de ocorrência.
No sábado (19), um grupo se reuniu na praça da matriz para protestar contra a violência às crianças. A mãe da menina de 5 anos esteve presente na manifestação.
‘Era como se fosse da família’
Em entrevista ao G1, a mãe da menina afirmou que o homem era amigo da família há 26 anos e que chegou até a morar na casa dos avós da criança em duas oportunidades. Segundo ela, a amizade entre o aposentado e seus pais era muito grande.
“Eles tinham uma relação de quase irmãos. Meus pais deixavam eles [o aposentado e a mulher] no quarto e dormiam na sala. Ele [aposentado] deixou a cidade duas vezes para trabalhar e cuidar de familiares”, disse.
Ainda de acordo com a moradora de Taquarituba, o aposentado já morou cerca de seis meses na casa de seus pais quando retornou ao município.
“Na primeira vez, ele ficou uns seis meses na casa dos meus pais porque não tinha onde morar. Eu era pequena. Na segunda, ele retornou a Taquarituba e esperou vencer o contrato do aluguel para voltar à residência dele”, contou. “Tanto que a minha filha ia até a casa dele e ficava lá, pois realmente ele era como se fosse da nossa família.”
