Quatro vereadores considerados de oposição da cidade de Fartura divulgaram nesta semana uma proposta de alteração da “Quarentena Racional Emergencial”, instaurada pela Prefeitura Municipal desde a última segunda-feira (12) para conter o avanço da covid-19 no município.
Marquinhos Baiano (DEM), Anderson Lima (DEM), Bruno Guazzelli (PTB) e Decinho Martins (Cidadania), por meio de ofício, solicitaram a reabertura de mercados e quitandas, a criação de um auxílio ao comerciante e um sistema de entrega de medicações (Disque Remédio) para todos os moradores, além da distribuição de cestas básicas para as famílias que necessitam.
“O Disque Remédio evitará aglomerações justamente em locais de alto risco de contaminação”, justificam os vereadores, que querem agilidade na concessão de auxílio aos proprietários de pequenos e médios estabelecimentos comerciais.
A respeito das cestas básicas, o objetivo é “criar uma rede de amparo social para as famílias mais carentes e vulneráveis”, enquanto os mercados, quitandas e padarias deverão seguir rígidas normas sanitárias para atenderem presencialmente. Os vereadores forneceram à prefeitura um modelo de protocolo sanitário para estes estabelecimentos.
A administração municipal, que divulgou recentemente que já realiza a entrega de cestas básicas à famílias vulneráveis da cidade, anunciou também o programa “Remédio em Casa” nesta semana, que prevê a entrega de medicamentos a moradores, mas apenas aqueles com 60 anos ou mais. Entretanto, nas redes sociais há reclamações de moradores da zona rural, nas quais alguns afirmam que a entrega ainda não está funcionando fora do perímetro urbano. Também foi anunciado um auxílio emergencial de aluguel, direcionado aos microempreendedores individuais, que contemplará cada um com pagamento de 50% do imóvel locado, por três meses.
Desde segunda-feira (12), a cidade de Fartura está em uma espécie de lockdown, com medidas mais restritivas de circulação e operação. Os estabelecimentos só podem trabalhar com sistema delivery, mas alguns supermercados não funcionaram nem por entrega nesses primeiros dias por, segundo seus representantes, não possuírem estrutura suficiente. A administração instalou barreiras sanitárias com bloqueios em principais pontos da cidade, enquanto um carro de som tem reforçado a importância da colaboração dos moradores.