O primeiro centro a testar a Coronavac em voluntários foi o HC da Faculdade de Medicina da USP, na capital, na última terça-feira (21). (Foto: Divulgação/Governo do Estado de SP)
O primeiro centro a testar a Coronavac em voluntários foi o HC da Faculdade de Medicina da USP, na capital, na última terça-feira (21). (Foto: Divulgação/Governo do Estado de SP)

O Governo do Estado de São Paulo começou nesta semana os testes clínicos da vacina contra o coronavírus em quatro novos centros de pesquisa. O potencial imunizante está em fase final de pesquisa por meio de uma parceria entre o Instituto Butantan e a farmacêutica Sinovac Life Science.

A testagem coordenada pelo Butantan terá a participação de 9 mil voluntários e deve ser concluída entre o fim de outubro e o início de novembro. Dos 12 centros de pesquisa selecionados no Brasil, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas e o HC (Hospital das Clínicas) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP iniciam a pesquisa nesta quinta-feira (30).

No dia seguinte, é a vez da Universidade Municipal de São Caetano do Sul e do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

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O Emílio Ribas e o Centro da UFMG contarão com 852 participantes cada. Já a Universidade Municipal de São Caetano do Sul terá 652 voluntários, além de outros 500 no HC de Ribeirão Preto.

Tecnologia

O primeiro centro a testar a Coronavac em voluntários foi o HC da Faculdade de Medicina da USP, na capital, na última terça-feira (21). A terceira fase de testes no HC em São Paulo é direcionada a 890 voluntários. O início dos testes nos demais centros será anunciado nos próximos dias.

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O imunizante desenvolvido pela Sinovac Life Science é um dos mais promissores do mundo porque utiliza tecnologia já conhecida e amplamente aplicada em outras vacinas. O Instituto Butantan avalia que sua incorporação ao sistema de saúde deva ocorrer mais facilmente.

O laboratório asiático já realizou testes em cerca de mil voluntários na China, nas fases 1 e 2. Antes, o modelo experimental aplicado em macacos apresentou resultados expressivos em termos de resposta imune contra o coronavírus.

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A farmacêutica forneceu ao Butantan as doses da vacina para a realização de testes clínicos de fase 3 em voluntários no Brasil, com o objetivo de demonstrar sua eficácia e segurança.

Produção

Caso a vacina seja aprovada, a Sinovac e o Butantan vão firmar acordo de transferência de tecnologia para produção em escala e fornecimento gratuito ao SUS (Sistema Único de Saúde). Os passos seguintes serão o registro do imunizante pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e distribuição em todo o Brasil.

Confira, abaixo, a relação dos doze centros de estudo que vão participar da fase final de pesquisa da vacina contra o coronavírus:

Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP
Instituto de Infectologia Emílio Ribas
Hospital Israelita Albert Einstein
Universidade Municipal de São Caetano do Sul
Hospital das Clínicas da Unicamp
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto
Universidade de Brasília
Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas de Fiocruz (RJ)
Universidade Federal de Minas Gerais
Hospital São Lucas da PUC do Rio Grande do Sul
Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná