Municípios paulistas alertam para os riscos que o escorpião pode representar. (Foto: Divulgação/Ministério da Saúde)
Municípios paulistas alertam para os riscos que o escorpião pode representar. (Foto: Divulgação/Ministério da Saúde)


Prefeituras de municípios da região e de todo o estado de SP iniciaram, na última segunda-feira (22), a participação na Semana Estadual de Enfrentamento do Escorpionismo, cujo objetivo é intensificar ações e dar maior visibilidade ao tema, trazendo informações dos riscos e prevenção.

O escorpionismo é o envenenamento provocado por um escorpião quando o inseto injeta seu veneno por meio do ferrão, localizado na ponta da cauda. Esses bichinhos se escondem perto das casas, em terrenos baldios, velhas construções, entulhos, pilhas de madeira e lenhas, tijolos, mato e lixo, além de saídas de esgoto e ralos; dentro das casas, podem ser encontrados nos sapatos e roupas. Confira como evitar acidentes:

  • Conserve sempre limpa a área interna e ao redor das residências, evitando o acúmulo de lixo, entulhos e outros materiais;
  • Mantenha berços e camas afastados das paredes;
  • Examine roupas, sapatos e toalhas antes de usar;
  • Ande sempre calçado e proteja as mãos com luvas ao trabalhar na terra ou manipular entulhos e outros materiais;
  • Vede ralos de chão e pia, elimine as frestas de paredes, muros, pisos, forros e tetos;
  • Proteja as soleiras das portas com veda porta (material fixado na parte inferior da porta), borracha, rolinho de pano, rodinho ou saco de areia.

No Brasil, as quatro principais espécies para a Saúde Pública são: escorpião-amarelo (Tityus serrulatus); escorpião-marrom (T. bahiensis); escorpião-amarelo-do-nordeste (T. stigmurus) e escorpião-preto-da-amazônia (T. obscurus). Dentre elas, há uma atenção especial para o escorpião-amarelo, uma vez que é a espécie que mais causa acidentes no país devido à sua facilidade em se reproduzir e colonizar novos ambientes, se tornando cada vez mais um problema urbano. Essa espécie é comum em todas as regiões do Brasil, exceto a Norte.

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Em caso de picada de escorpião, o ideal é apenas lavar com água e se dirigir imediatamente ao Pronto Socorro Municipal. A cidade de Fartura é ponto estratégico para a aplicação do soro antiescorpiônico. Lá, o médico analisará o ferimento e indicará o melhor tratamento.

Sintomas

  • Leve: dor intensa no local da picada e agitação.
  • Moderado: dor intensa, vômitos ocasionais, suor, agitação, aumento dos batimentos cardíacos e da respiração.
  • Grave: dor intensa, suor e vômitos profusos, sonolência com agitação, tremores, aumento dos batimentos cardíacos e da respiração, salivação excessiva, hipotermia, convulsões, edema pulmonar, insuficiência cardíaca e choque, podendo levar à morte.

OBS: Os principais locais atingidos com picadas são as mãos e os pés.

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Atenção aos grupos de risco

  • Crianças de até 10 anos (maior risco de óbito)
  • Trabalhadores da construção civil e de madeireiras;
  • Transportadoras e distribuidoras de hortifrutigranjeiros, que manuseiam objetos e alimentos onde os escorpiões podem estar alojados;
  • Pessoas que permanecem por grandes períodos dentro de casa (exemplo: acamados ou com restrições de mobilidade ou idosos) ou nos arredores (como quintais), principalmente nas áreas onde sabidamente ocorre alta infestação do animal.

Primeiros socorros

  • Lave o local da picada com água e sabão;
  • Aplique compressa morna;
  • Não esprema e nem sugue ou faça torniquete no local da picada;
  • Leve a vítima imediatamente ao atendimento médico;
  • Não coloque gelo ou água fria no local da picada, pois acentua a dor.