O governo do estado de São Paulo irá anunciar nesta semana uma série de obras pelo estado com o objetivo de diminuir os efeitos do período da estiagem, que deverá ser cada vez mais comum nos próximos anos nas cidades paulistas.
De acordo com a coluna do jornalista Guilherme Amado no site Metrópoles, serão 138 perfurações de poços e também construções de barramentos hídricos. As cidades de Salto, Indaiatuba e Itu receberão limpeza e desassoreamento de cursos d’água.
Segundo a reportagem, a Sabesp monitora no momento nove cidades em situação emergencial: Taguaí, Aguaí, Cabreuva, Campo Limpo Paulista, Franca, Itupeva, Pedregulho, Saltinho e Várzea Paulista. Nesses municípios, houve diminuição acentuada de vazão, com redução na captação normal e uso de captações emergenciais, com possibilidade de comprometer o abastecimento.
Outras 27 prefeituras de áreas onde não há operação da Sabesp comunicaram ao governo estadual que se encontram em emergência. Entre elas estão Bauru, Bebedouro, Itu, Jaboticabal, São José do Rio Preto, Ouro Verde e Valinhos. Há ainda outras 90 cidades em situação de alerta.
O entendimento no governo de João Doria (PSDB) é de que os períodos de estiagem devem se tornar recorrentes nos próximos anos. De acordo com sua gestão, as obras foram pensadas para minimizar o efeito que futuras crises hídricas podem ter sobre a população do estado.
O volume total de armazenamento nos sistemas produtores que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo está em 37,7%. A Cantareira, principal reservatório de São Paulo, está com 29,5% do volume operacional.
Entre os reservatórios da região, a represa de Jurumirim atingiu recentemente o seu menor nível para o mês de outubro nos últimos 21 anos e o menor nível de 2021: 20%. Já a represa de Chavantes está com 28,97% de sua capacidade útil, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
