O nível da água da Represa Jurumirim, que banha diversas cidades da região, registrou menor volume útil do ano. Nesta quinta-feira (1°), o volume chegou a 25%. Conforme dados divulgados pela Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), esse é o menor volume útil registrado desde janeiro de 2022, quando o volume do reservatório chegou a 31,9%.
O volume é mais baixo do que o registrado há cerca de um mês, quando o nível da água chegou a 28,79%. Além de Avaré, a represa banha diversos municípios paulistas, entre eles Cerqueira César, Piraju, Itaí, Taquarituba, Paranapanema e Angatuba.
A Represa de Jurumirim é formada pelo represamento da Barragem de Jurumirim, no rio Paranapanema. Tem cerca de cem quilômetros de comprimento e em alguns trechos ultrapassa três quilômetros de largura. A represa tem um reservatório com área de 449 km², contendo um volume de água quase quatro vezes maior que o da Baía de Guanabara no Rio de Janeiro.
Em nota, a prefeitura de Piraju, uma das maiores cidades banhadas pela represa, informou que o nível o Reservatório de Jurumirim, que está a montante (rio acima) da represa da cidade. Como a represa é do tipo “fio d’água” (que permite um fluxo contínuo de água), esse nível baixo praticamente não interfere na represa de Piraju.
Procurada, a prefeitura de Avaré, outro importante município banhado pela represa, não se manifestou sobre os impactos para o município.
O que diz a CTG
Em nota, a CTG Brasil, empresa responsável pela represa informou que a operação da Usina Hidrelétrica Jurumirim integra o Sistema Interligado Nacional (SIN), assim como todas as usinas hidrelétricas do País, e tem sua operação coordenada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), conforme os procedimentos aprovados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), tanto no que se refere à produção de energia, quanto ao controle do nível do reservatório.
A Empresa informou ainda que adota as medidas para o cumprimento das deliberações decorrentes da Sala de Acompanhamento do Paranapanema, organizada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), e do ONS, reforçando seu compromisso com o meio ambiente, com as comunidades onde atua, com o setor elétrico e com as leis brasileiras.