Tanto o Senado quanto a Alesp receberam projetos de lei que preveem punição para quem furar a fila da vacina. (Foto: Tânia Rego/Agência Brasil)
Tanto o Senado quanto a Alesp receberam projetos de lei que preveem punição para quem furar a fila da vacina. Na Alesp, já foi aprovado. (Foto: Tânia Rego/Agência Brasil)


A Prefeitura Municipal de Fartura instaurou recentemente um processo de sindicância administrativa para apurar indícios de irregularidades no processo de vacinação contra a covid-19 no município.

No último dia 12, o órgão publicou no Diário Oficial a portaria nº 139/2021, que dispõe sobre a sindicância para investigação de anormalidades em documentação encaminhada ao gabinete do prefeito pela Coordenadoria Municipal da Saúde.

Através de denúncias recebidas, e após ter conhecimento de publicações em redes sociais que levantaram suspeitas sobre a vacinação, a prefeitura procedeu análise à lista de vacinados, até a presente data, e instaurou processo de sindicância investigativa para apurar os indícios de casos de munícipes que foram vacinados irregularmente, contrariando os grupos prioritários estabelecidos pelo Plano Nacional de Imunização (PNI).

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Caso seja constatada a existência de irregularidades, a sindicância investigativa instaurada poderá ensejar penalidades, como advertência ou suspensão, ou a abertura de processo administrativo disciplinar em face de servidores que deram causa ao ocorrido.

A Câmara Municipal, através de requerimentos dos vereadores Anderson Lima (DEM) e Bruno Guazzelli (PTB) solicitando a relação completa de vacinados, havia discutido o assunto recentemente. É possível contatar a prefeitura farturense através de sua Ouvidoria para enviar denúncias por meio deste link.

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Projeto no Senado

Um projeto em tramitação no Senado propõe a criminalização da prática de furar fila da vacinação e também quem fingir a aplicação do imunizante. As penas já foram aprovadas pelos deputados e devem ser analisadas em breve pelos senadores. E o Senado também conta com uma variedade de propostas sobre o tema.

Furar a fila da vacinação contra a covid-19 pode se tornar crime punido com 6 meses a 13 anos de prisão. Agentes de saúde que simularem a aplicação do medicamento também poderão ser presos. Já aprovado pela Câmara dos Deputados, o projeto reúne 18 textos de deputados que tratam do mesmo tema.

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Na Alesp

Sancionada pelo governador João Doria (PSDB) no dia 12 de fevereiro, está em vigor a Lei 17.320/2021, que estabelece penalidades para quem infringir as regras de qualquer um dos planos de imunização estadual ou federal contra a covid-19. A lei é originária de projeto de autoria dos deputados estaduais Heni Ozi Cukier (Novo) e Gilmaci Santos (Republicanos), aprovado pelo Parlamento paulista no dia 10 de fevereiro.

A nova lei aprovada pela Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) impõe multas a infratores que tentarem burlar a ordem de vacinação estabelecida em ambos os planos, em valores que variam entre cerca de R$ 24 mil para o profissional responsável pela aplicação da vacina e mais de R$ 49 mil para o receptor.

Caso quem receba a vacina seja um agente público, a multa terá seu valor duplicado, podendo ser superior a R$ 98 mil. Os valores arrecadados através das punições serão destinados ao Fundo Estadual de Saúde (Fundes).