Ana Clara Ramos de Andrade morreu após se afogar em um balde com água em Piraju (Foto: Arquivo Pessoal)
Ana Clara Ramos de Andrade morreu após se afogar em um balde com água em Piraju (Foto: Arquivo Pessoal)


Depois de quase dois anos de investigação, a Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a morte da bebê que ficou com diversas sequelas após se afogar em um balde com água em Piraju, no interior de São Paulo. As informações são do site temmais.com.

O relatório, divulgado nesta terça-feira (14), indiciou a cuidadora de Ana Clara Ramos de Andrade por homicídio culposo e pelo funcionamento clandestino de uma creche, que não possuía alvará de funcionamento.

Segundo o delegado responsável, Adriano Leite de Assis, o acidente aconteceu após um momento de distração de Patrícia Helena Maluf Teixeira, que deixou a bebê em um dos cômodos do estabelecimento ilegal para preparar a mamadeira de outra criança. No dia, ao menos cinco menores estavam no local.

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“Após esquentar a mamadeira, a cuidadora viu que Ana Clara não estava na copa, então, começou a procurá-la. Posteriormente, viu que ela estava dentro do balde, perto do tanque (com o rosto submerso e os pés para cima). Imediatamente, a pegou no colo, ela estava irresponsiva. Começou a aspirar suas vias aéreas, gritando a seu marido para que abrisse a porta, pois Ana Clara havia se afogado“, apontou.

Na época, com apenas 11 meses, Ana Clara chegou ao pronto-socorro da cidade com um quadro de parada cardiorrespiratória, mas foi reanimada e transferida ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (SP).

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Durante a internação, a menina foi submetida a cirurgias, passou a se alimentar por uma sonda e ficou com sequelas irreversíveis. Apesar do constante acompanhamento médico, no dia 17 de novembro de 2022, a menina não resistiu às sequelas do afogamento e morreu.

O laudo necroscópico apontou que a morte da menina foi ocasionada pela lesão corporal, resultante do afogamento, que deixou diversas sequelas de encefalopatia isquêmica.

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Ainda segundo o delegado, o inquérito foi encaminhado ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), que dará andamento ao processo. Enquanto isso, Patrícia Helena Maluf Teixeira aguardará em liberdade.

O temmais.com tenta contato com a defesa da indiciada.