A Polícia Civil prendeu no final da tarde de terça-feira (29), no sítio Giuliana, em Taguaí, um homem de 25 anos acusado de matar o cadeirante Anderson Rosseto, 45 anos, a facadas e jogar o corpo em um açude. Segundo a Polícia, a vítima era bastante conhecida em Fartura, cidade onde morava. O crime chocou os moradores da cidade.
A ação foi realizada após trabalho desenvolvido por policiais civis de Taguaí e região. A Polícia Militar também foi acionada e deu apoio à prisão do suspeito.
Segundo a Polícia Civil, por volta das 14 horas, a delegacia recebeu a informação de uma testemunha que um corpo estava boiando em um açude no local dos fatos. A vítima estaria seminua e com diversas perfurações no corpo compatíveis com corte de faca, informações que foram constatadas pelos investigadores empenhados no caso. Logo após a chegada da perícia, policiais civis deram início à coleta de informações e vestígios na tentativa de elucidar a autoria do homicídio.
De acordo com o boletim de ocorrência, o suspeito, que já tem passagens por roubo, furto e tráfico de drogas, morava junto com a companheira na propriedade rural onde tudo aconteceu. Na noite anterior, o casal consumiu drogas e, logo depois da meia-noite, o marido saiu com um veículo que veio buscá-lo. Por volta das 4 horas da manhã, ele retornou com o carro, entrou na casa, agrediu a mulher com um puxão de cabelo e obrigou-a a entrar no automóvel e a irem juntos até o açude existente no sítio.
Também segundo a polícia, depois que desceu do veículo, o indiciado obrigou a mulher a abrir o porta-malas, onde estava o corpo da vítima, todo ensanguentado, já sem vida. O criminoso, em seguida, retirou o cadáver do carro e o arremessou no açude. Ameaçada de morte pelo marido, a mulher também jogou na água algumas peças de roupa que estavam no interior do carro. Com a investigação, o corpo foi identificado e as provas coletadas, entre elas uma faca de cozinha e o telefone celular utilizado pelo autor.
O veículo utilizado para ocultar o cadáver é de propriedade da vítima, que ultimamente estaria trabalhando como taxista/motorista em Fartura. Além disso, a perícia encontrou marcas de pneus compatíveis com os pneus do automóvel, além de pegadas de calçados semelhantes com o solado de dois pares de tênis (um feminino e outro masculino) encontrados na residência do casal.
Ainda segundo a Polícia Civil, o indiciado não quis se manifestar sobre o motivo do assassinato. Declarou apenas que não teria cometido o crime, porém, as versões apresentadas por testemunhas e as evidências obtidas no local dos fatos foram suficientes para incriminá-lo.
O preso, de 25 anos, foi autuado em flagrante pelo crime de homicídio e ameaça no contexto de violência doméstica. Ele está aguardando decisão da Justiça. Se permanecer detido, deverá ser encaminhado para uma unidade do sistema penitenciário da região.