Arma apreendida pelos policiais em uma propriedade rural de Piraju. (Foto: Divulgação/Polícia Militar)
Arma apreendida pelos policiais em uma propriedade rural de Piraju. (Foto: Divulgação/Polícia Militar)


Na manhã desta quarta-feira (11), por volta de 10 horas, uma equipe policial-militar foi atender ocorrência de violência doméstica em uma propriedade rural de Piraju, e chegando ao local a solicitante informou ter sofrido ameaças do marido durante uma discussão.

Os policiais também foram informados de que o homem possuía munições de arma de fogo dentro de casa. Dessa forma, realizaram uma verificação e localizaram cinco cartuchos de calibre 22 intactos e dois cartuchos deflagrados de calibre 12, e ainda uma espingarda calibre 22 que estava escondida em um barracão próximo à casa.

Os envolvidos e o armamento foram conduzidos à delegacia de polícia, onde foi elaborada ocorrência de violência doméstica e apreensão da arma e munições.

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Uma em cada quatro sofreram violência no Brasil

No último ano, uma em cada quatro mulheres acima de 16 anos diz ter sofrido algum tipo de violência ou agressão, no Brasil. A proporção corresponde a 17 milhões de mulheres vítimas de violência física, psicológica ou sexual.

A proporção de vítimas é maior entre as negras e mais jovens. Mais de uma em cada três mulheres, entre 16 e 24 anos, relatam terem vivido algum tipo de violência. Entre as mulheres pretas mais de 28% delas relataram que sofreram agressões.

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A residência continua sendo o lugar mais perigoso. Praticamente metade dos casos de violência aconteceu dentro de casa, e 73% dos agressores eram íntimos das vítimas. Maridos ou namorados em primeiro lugar, seguidos de ex-maridos ou ex-namorados, pais ou mães, padrastos ou madrastas e mesmo filhos e filhas.

Uma das campanhas que busca dar voz às vítimas de violência doméstica é a Sinal Vermelho. (Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília)

Os números estão na terceira edição da pesquisa “Visível e Invisível: a vitimização de mulheres no Brasil”, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

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Para Amanda Pimentel, uma das autoras do estudo, a pesquisa mostra que a violência contra a mulher mantém padrões antigos, mas agravados pela pandemia do coronavírus, que conseguiu tornar o ambiente doméstico um lugar ainda mais hostil.

Segundo o estudo, a crise sanitária tem dificultado o enfrentamento da violência contra mulher, já que o convívio mais longo com os agressores, a perda de renda familiar e o maior isolamento afastam as mulheres de suas redes de proteção.