No dia 7 de novembro de 2020, um incêndio foi registrado na ponte que divide os estados de SP e PR, entre Chavantes e Ribeirão Claro. (Foto: Arquivo pessoal)
No dia 7 de novembro de 2020, um incêndio foi registrado na ponte que divide os estados de SP e PR, entre Chavantes e Ribeirão Claro. (Foto: Arquivo pessoal)


O prefeito de Ribeirão Claro (PR), João Carlos Bonato (PSB), juntamente com o secretário Municipal de Turismo e Meio Ambiente, Rômulo Ribeiro Santana, e o assistente administrativo Marcos Nardo, participou de uma reunião com o vice-prefeito de Chavantes (SP), Luiz Filipe de Paula Jacinto (PTB), e o secretário Municipal de Turismo, Wagner Aparecido Mioto, para formar uma parceria em prol da recuperação da Ponte Pênsil Alves Lima.

Um incêndio atingiu a estrutura, que liga os estados de SP e PR, no último mês de novembro, danificando parte da ligação. Um mês depois, a perícia concluiu que o incidente foi criminoso. Além da reconstrução parcial do patrimônio histórico e da iluminação, um novo estudo viabiliza a construção de nova estrutura com capacidade para comportar dois quiosques.

A finalidade é que os serviços prestados sejam do gênero alimentício, como uma lanchonete, sendo instalada uma em cada lado da ponte, atendendo ambos os estados, Paraná e São Paulo.

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Na reunião também foram definidos que os investimentos no ponto turístico visam a instalação de rampa de acesso à represa, serviço de vigilância, serviços de salva-vidas, concessão para empresa fazer a locação de stand-up paddle, caiaques e outros esportes.

Para Bonato, os investimentos são de suma importância, tanto para preservação do patrimônio cultural e histórico, como para atrair turistas no Município. “Estamos muito contentes com essa parceria. Será um avanço para ambas as cidades”, destacou. 

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O secretário Rômulo, por sua vez, ressaltou que a reestruturação da ponte é um objetivo comum dos dois municípios. “Vamos garantir que a Ponte Pênsil não fique mais abandonada após tantas tragédias e tenha uma forma organizada para receber os turistas”, disse.

Destruída outras três vezes

Inaugurada em 1920, a estrutura completou 100 anos de existência no último mês de dezembro. Ela possui 149 metros de extensão e um vão suspenso de 82 metros. Tombada pelo patrimônio histórico, a ponte deixou de receber veículos há algum tempo e é usada somente por pedestres.

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Foi a quarta vez que a ponte pênsil – erguida para ajudar no escoamento do café da região norte do Paraná ao Porto de Santos – foi destruída: ela já sofreu danos severos em 1924, durante a Revolução Paulista, quando a cidade de Chavantes foi invadida; em 1932, durante a Revolução Constitucionalista, quando a ligação sobre o Rio Paranapanema foi dinamitada; e em 1983, após uma das maiores enchentes de que se tem notícia na região.

A Ponte Pênsil Alves Lima antes do incêndio. (Foto: Divulgação)
A Ponte Pênsil Alves Lima antes do incêndio. (Foto: Divulgação)