Apreensões da Polícia Civil na região de Piraju nesta sexta (17). (Foto: Divulgação)
Apreensões da Polícia Civil na região de Piraju nesta sexta (17). (Foto: Divulgação)


Na manhã desta sexta-feira (17) a Polícia Civil deflagrou em Piraju a Operação Belo Monte, com o objetivo de desmantelar uma associação criminosa dedicada ao tráfico de drogas na cidade e na região.

A ação resultou na prisão de quatro homens e na execução de seis mandados de busca e apreensão em imóveis vinculados a investigados. Além da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (DISE) e Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Avaré, contou também com a participação de policiais civis de cidades da região.

As buscas realizadas nos imóveis dos investigados resultaram na coleta de elementos que conectam os suspeitos às atividades ilícitas. Objetos de interesse da investigação foram apreendidos, entre os quais máquinas de cartão de créditos e registros detalhados das operações financeiras da organização. Uma pistola Taurus calibre 9mm e quatro munições também foram apreendidos.

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As investigações que culminaram nos pedidos de busca e prisão apresentados à Justiça tiveram início após uma significativa apreensão de entorpecentes realizada pela Polícia Militar em 22 de agosto de 2024, no município de Tejupá. Na ocasião, foram localizados cerca de 400 quilos de maconha em um sítio na zona rural, além de balanças de precisão, rolos de plástico utilizados para embalar drogas e cadernos contendo registros financeiros relacionados ao tráfico.

Esse flagrante desencadeou uma série de apurações da Polícia Civil que revelaram a atuação de uma associação criminosa com base em Piraju, onde seus integrantes centralizavam as atividades ilícitas. A investigação apontou o funcionamento estruturado do grupo criminoso. Os membros desempenhavam papéis distintos: um homem de 45 anos financiava as atividades, enquanto outros integrantes, com idades entre 28 e 35 anos, manipulavam e armazenavam os entorpecentes. As drogas eram transportadas em veículos adulterados para evitar a detecção.

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Durante a investigação, mensagens extraídas de celulares dos suspeitos mostraram o uso de termos codificados para se referir a cocaína e maconha. O grupo também discutia estratégias para ocultar o fluxo financeiro, como o fracionamento de transferências bancárias e o uso de contas de terceiros.

A apreensão de dispositivos eletrônicos e documentos reforçou as provas contra os suspeitos. Entre os materiais analisados, havia imagens de balanças pesando drogas. Os dados obtidos indicaram a existência de uma rede de transporte que abrangia rotas interestaduais e internacionais.

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A Polícia Civil também solicitou ao Judiciário a quebra de sigilo bancário e fiscal dos envolvidos, com o objetivo de rastrear os recursos ilícitos. Essa medida busca aprofundar as investigações e identificar outros participantes da organização.

As investigações continuam, com foco em identificar outros envolvidos, rastrear o destino dos recursos financeiros e reunir novas provas que possam fortalecer as ações judiciais contra os suspeitos.