Imagem ilustrativa. (Foto: Pixabay)
Imagem ilustrativa. (Foto: Pixabay)


A Sociedade Brasileira de Virologia (SBV) confirmou nesta terça-feira (25) a identificação de uma nova linhagem brasileira de coronavírus, a P4. De acordo com a SBV, a variante apresenta a mutação L452R na proteína S do SARS-CoV-2. Ainda não há informações se a nova linhagem é mais transmissível ou mais letal que as demais.

Segundo a SBV, a nova variante tem circulado na região das cidades paulistas de Mococa, Caconde e Itapira (próximas da divisa com Minas Gerais) e também na região de Porto Ferreira, Descalvado, Itirapina, Capão Bonito, São Miguel Arcanjo, Itapetininga, Iperó e Cesário Lange.

O estudo de identificação, fomentado pela Rede Corona-Ômica da RedeVírus do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação foi realizado pelo Instituto de Biotecnologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), de Botucatu; Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da Unesp de São José do Rio Preto e Laboratório de Pesquisa em Virologia da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto.

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Também participaram da pesquisa a Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp de Araraquara e a Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo (USP), campus de Pirassununga. 

Anvisa e Ministério da Saúde discutem medidas de contenção de variantes

A ampliação de medidas de contenção de novas variantes do novo coronavírus no país é motivo de reuniões da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com o Ministério da Saúde (MS). Durante esta semana, a agência promove reuniões técnicas com as vigilâncias em saúde dos estados e municípios e as companhias aéreas.

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Nesta quarta-feira (26), a reunião será com os centros de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (Cievs) de todo o país, com o objetivo de ajustar fluxos de atuação, realizar alinhamento de ações e prestar esclarecimentos sobre a atuação já desenvolvida pela agência para conter a circulação de novas variantes do novo coronavírus.

Dentre os temas a serem tratados está a definição exata do local em que se realizará a quarentena das pessoas sujeitas à medida – caso dos brasileiros com histórico de viagem à Índia nos últimos 14 dias – e dos encaminhamentos a serem adotados em relação aos casos suspeitos identificados pela Anvisa nos desembarques em aeroportos do Brasil.

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Na reunião dessa terça-feira (25) com o ministério, foram discutidos, além dos fluxos, aspectos operacionais para o início das testagens (teste de antígeno) de viajantes, antes do embarque.

Pelas regras atuais, nos termos da Portaria 653/21, a partir de recomendação técnica da agência, estrangeiros e brasileiros com destino ao Brasil devem apresentar à empresa aérea, no momento do embarque, o resultado de um teste de RT PCR negativo realizado nas últimas 72 horas e comprovante de preenchimento eletrônico da Declaração de Saúde do Viajante (DSV).

Ainda de acordo com a portaria vigente, os viajantes estrangeiros procedentes ou com passagem pelo Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, pela República da África do Sul e pela República da Índia nos 14 dias anteriores ao embarque estão proibidos de ingressar no Brasil. Contudo, a norma estabelece exceções. Brasileiros e cônjuges de brasileiros, por exemplo, com origem ou histórico de passagem nesses países devem permanecer em quarentena por 14 dias ao chegar no Brasil.

A ideia em debate é que os viajantes sujeitos a quarentena sejam encaminhados, em fluxos pactuados entre estados e municípios, a locais específicos para quarentena, conforme as condições de cada localidade. Segundo a agência, o controle de quarentena no território nacional não está no âmbito de competência da Anvisa, que tem atuação restrita aos ambientes de aeroportos, portos e recintos de fronteiras do país.

Complementarmente, os estados e municípios também poderão aplicar medidas sanitárias adicionais em ambientes nos quais a agência não possui competência legal de atuação, como rodoviárias e rodovias.

Ainda durante esta semana, a Anvisa se reunirá com as companhias aéreas e concessionárias dos aeroportos, a fim de intensificar as ações já em curso e discutir o fluxo para obtenção de informações dos passageiros de voos, de forma a permitir a identificação mais rápida de contactantes de casos em investigação.

Capital paulista

Na última segunda-feira (24), a Anvisa discutiu novos fluxos de trabalho para ampliar a ação de controle com as secretarias estadual e municipal de Saúde de São Paulo, cidade que representa a maior porta de entrada de passageiros no Brasil por malha aérea.  

Em Guarulhos, a proposta é que os passageiros – ainda que assintomáticos – que tiverem passagem pelos países que hoje possuem circulação de novas variantes, como a B.1.617, originária da Índia, sejam encaminhados a local específico para cumprimento da quarentena.