O programa Qualifica Mulher tem a proposta de formar uma rede de parcerias com o Poder Público e instituições privadas. (Foto: Edson Denobi/Divulgação/PMA)
Imagem ilustrativa. (Foto: Edson Denobi/Divulgação/PMA)


A produção de Plantas Alimentícias Não Convencionais, ou simplesmente PANCs, é um dos sete cursos gratuitos voltados para mulheres do campo. As capacitações são oferecidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Embrapa) e têm carga horária entre 8 horas e 30 horas.

Entre as capacitações constam conteúdos sobre hortas em pequenos espaços, produção de hortaliças, plantas aromáticas e condimentares, cultivo de batata-doce e criação de abelhas sem ferrão ministrados por profissionais da Embrapa Hortaliças (Brasília, DF) e Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP). O participante terá 30 dias para conclusão do curso, a contar a partir da data da sua inscrição.

A iniciativa integra o projeto Qualifica Mulher, do MMFDH, que visa à capacitação profissional. Os cursos fazem parte de uma parceria do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

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Programa

Criado em 2020, o Qualifica Mulher beneficiou mais de 105 mil mulheres pelo país. O programa tem a proposta de formar uma rede de parcerias com o Poder Público e instituições privadas. O intuito é fomentar ações de qualificação profissional, trabalho e empreendedorismo para geração de emprego e renda para as mulheres em situação de vulnerabilidade social.

Os eixos de atuação do projeto contemplam o “Qualifica Capacita – qualificação e capacitação profissional”, “Qualifica Empreende – capacitação para o empreendedorismo” e “Qualifica Concretiza – caminho à empregabilidade e incentivo ao microcrédito para empreendedoras”.

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Cafeicultura

A Embrapa divulgou no ano passado uma pesquisa inédita que mostrou a participação de mulheres no setor de cafeicultura, muito presente nas cidades da região sudoeste de SP. De acordo com o levantamento, em relação à área dos estabelecimentos, as mulheres estão responsáveis por 815 mil hectares (ha), o que corresponde a apenas 9,1% do total.

A análise foi realizada por pesquisadoras da Embrapa e da Epamig a partir de dados do IBGE. O estudo também evidenciou que mulheres têm menos acesso a tecnologias de produção e a entidades associativas.

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É importante ressaltar que o estudo apontou que, nos estabelecimentos dirigidos por mulheres, há mais equidade de gênero.

Os resultados visam subsidiar ações institucionais e políticas públicas para que as mulheres encontrem oportunidades e tenham acesso a bens e serviços da mesma maneira que os homens.