Represa de Jurumirim, em fevereiro de 2019, já estava bastante baixa. (Foto: Reprodução)
Represa de Jurumirim, em fevereiro de 2019, já estava bastante baixa. (Foto: Reprodução)


O Ministério Público de São Paulo (MP-SP), por meio da Promotoria de Justiça de Itaí, instaurou um procedimento para averiguar as causas do baixo nível da represa de Jurumirim. A situação está afetando diretamente o meio ambiente, a fauna e o turismo local. As informações são da Jovem Pan.

O MP-SP irá investigar as responsabilidades ambientais da concessionária CTG Brasil, braço brasileiro da estatal chinesa China Three Gorges, responsável pela usina hidrelétrica. A Cesteb será notificada para que encaminhe à Promotoria um relatório indicando eventuais riscos ao meio ambiente causados pela baixa do nível, bem como sobre a regularidade da hidrelétrica. A notícia foi assunto na Câmara Municipal de Avaré na semana passada.

De acordo com a reportagem da Jovem Pan, habitantes das cidades banhadas pelo reservatório têm indicado que, desde que a CTG assumiu a concessão, o nível dificilmente ficou em um patamar aceitável.

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“Depois que a empresa passou a ser administrada pela CTG Brasil, começamos a ter problemas com o nível da represa, que chegou a 11%. No ano passado, teve uma audiência pública e, na época, eles se comprometeram a elevar o nível da represa. Eles fizeram isso, chegou a subir, mas não chegou ao aceitável”, disse ao site o empresário José Carlos Camargo, dono de um hotel às margens da represa. Segundo ele, o turismo foi bastante afetado.

Habitantes das cidades banhadas pelo reservatório têm indicado que, desde que a CTG Brasil assumiu a concessão, o nível dificilmente ficou em um patamar aceitável. (Foto: Reprodução)
Habitantes das cidades banhadas pelo reservatório têm indicado que, desde que a CTG Brasil assumiu a concessão, o nível dificilmente ficou em um patamar aceitável. (Foto: Reprodução)

Casos como o de José Carlos representam a dificuldade pela qual passam os estabelecimentos que dependem do reservatório. O nível da água tem ficado frequentemente abaixo de 20% de sua capacidade total – no momento, está em 15,10%.

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Ainda de acordo com a reportagem, o que mais desagrada a quem mora e trabalha na região é o descaso dos órgãos competentes, como o Operador Nacional do Sistema Elétrico. Recentemente, moradores lançaram na internet uma petição em defesa da represa de Jurumirim e a preservação da fauna e flora locais, pedindo que o volume de água permaneça pelo menos em 40%.

O reservatório de Jurumirim representa 2,02% do sistema da bacia do Paranapanema. Também integrante da mesma bacia, a represa de Chavantes está no momento com 29,95% de sua capacidade total.

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