A mesatenista de Cerqueira César Cátia Oliveira foi convocada no último dia 30 de junho para disputar os Jogos Paralímpicos de Tóquio, previstos para esse ano, mas que acontecerão entre os dias 24 de agosto e 5 de setembro de 2021 em função da pandemia do novo coronavírus. 

Cátia anunciou a convocação para os Jogos Paralimpicos por meio de sua rede social. A pedido da assessoria de imprensa da Prefeitura Municipal de Cerqueira César, ela gravou um vídeo para os munícipes e órgãos de imprensa, falando sobre sua participação neste grande evento esportivo (assista abaixo).

A cerqueirense está na categoria F2 e, junto com Bruna Alexandre (F10) e Lethícia Lacerda (F8), elas fazem parte das melhores em suas classes e já estão garantidas na competição. Israel Stroh (sexto do mundo na classe M7) e Welder Knaf (nono da classe M3), pelo ranking mundial, também foram anunciados no último dia 30.

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Agora, o Brasil já tem dez classificados para Tóquio na modalidade. Lembrando que Joyce Oliveira (F4), Danielle Rauen (F9), Paulo Salmin (M7), Luiz Manara (M8) e Carlos Carbinatti (M10) entraram na lista pela conquista do ouro individual no Parapan de Lima.

A próxima edição dos Jogos Olímpicos estava marcada para o período de 25 de agosto a 6 de setembro de 2020. Porém, em 24 de março deste ano, os jogos foram adiados para o verão de 2021. Este adiamento também afetou as datas dos Jogos Paralímpicos, que também foram adiados para o verão de 2021. Foi a primeira vez na história que um evento olímpico precisou ser adiado e também será a primeira edição em um ano ímpar.

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O pai da mesatenista sofreu ataque cardíaco e morreu após a filha conquistar a medalha inédita no Mundial de Tênis de Mesa paralímpico. (Foto Roberto Castro)

Vice-campeã mundial

Cátia Oliveira também é motivo de orgulho para a cidade de Bauru, uma vez que treina na cidade. Em 2018, logo após vencer a medalha de prata no Mundial Paralímpico de Tênis de Mesa, ela deu uma entrevista para o site Social Bauru contando como foi.

Entretanto, após a final da competição, o pai dela, Flávio Alves, conhecido como “Preto”, faleceu vítima de um ataque cardíaco. Flávio já havia passado mal após o resultado da semifinal. Ainda antes da cerimônia de entrega das medalhas, a atleta soube da triste notícia, mas decidiu ir ao pódio e homenageou o pai.

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A mesatenista tinha o sonho de ser jogadora de futebol, mas teve a carreira interrompida após um acidente de carro, em 2007, que comprometeu o movimento das pernas. Na época, ela havia sido convocada para a seleção brasileira sub-17 para o mundial da categoria. Seu pai a apoiou a mudar de modalidade em 2013. Em 2015, Cátia foi ouro no ParaPan e, no ano seguinte, disputou as Paralimpíadas do Rio.

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