O número de tentativas de golpes tem crescido durante a pandemia. Para alertar o cidadão a respeito dos perigos dessas armadilhas cada vez mais comuns na internet, a Polícia Civil de Fartura emitiu um informativo explicando três tipos recorrentes de golpes praticados durante esse momento de crise e como fazer para evitá-los. Confira:


Golpe do boleto falso

Como funciona o golpe – A prática criminosa consiste na falsificação de boletos de cobrança que fazem com que o pagamento efetuado pela vítima vá para conta bancária dos golpistas. Por vezes há a manipulação do código de barras, há a inserção de dados falsos que levam a vítima a acreditar que aquele boleto realmente tem origem verdadeira e há ainda a criação de páginas falsas que oferecem o download de boletos fazendo se passar por empresas verdadeiras. Os golpistas apostam na desatenção da vítima ao realizar o pagamento dos boletos.

Verifique se o número do banco e a linha digitável começam com o mesmo número, verifique também se o ‘código do cedente’ (conta corrente – xxxxx-x) e o ‘nosso número’ estão inseridos na linha digitável, e confira se os dados do cedente são da instituição correta. (Foto: AIX Sistemas)

Dicas para não cair no golpe

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  • Confira os dados do beneficiário do boleto: Todos os boletos precisam ser registrados antes de serem emitidos. Para isso, os bancos inserem no código de barras as informações relativas ao documento, tais como CPF ou CNPJ do emissor, data de vencimento, valor, além do nome e número do CPF ou CNPJ do pagador. No momento do pagamento, independentemente do canal utilizado (caixa eletrônico, mobile banking, internet banking etc), serão mostrados os dados do beneficiário (a empresa ou pessoa que receberá o dinheiro). Se, conforme a informação que aparece na tela, a conta em questão não pertencer ao beneficiário correto, o cliente não deve concluir a operação. Em caso de qualquer dúvida, o cliente deve entrar em contato com o SAC da empresa para quem quer fazer o pagamento. No caso de pagamentos em caixas físicos, peça ao atendente que confira se os dados do pagamento condizem com os dados descritos no boleto.
  • Confira os dados do banco emissor do boleto: Alguns golpistas costumam colocar no boleto um logo bancário diferente da instituição financeira que emitiu o boleto. Para verificar se está tudo certo, confira se os três primeiros dígitos do código de barras correspondem ao código do banco que aparece no boleto (logo). Listas com códigos do principais bancos podem ser encontradas na internet.
  • Baixe o boleto sempre no site do credor: Sempre que possível, é importante baixar boletos diretamente no site do banco ou da empresa que está fazendo a cobrança. Certifique-se de que o site é seguro e evite usar o Wi-Fi público. Duvide sempre de boletos recebidos via e-mail, especialmente quando a mensagem traz um assunto como “Urgente” ou “Seu nome está no Serasa”. A atenção também deve ser redobrada para boletos recebidos via WhatsApp.
  • Mantenha atualizado o antivírus do seu computador.


Golpe dos nudes

Como funciona o golpe – Geralmente, o perfil falso de uma mulher jovem faz o convite de amizade na rede social Facebook para um homem. Após o homem (no caso, a vítima) aceitar o convite, ambos começam a trocar mensagens privadas. Com o desenrolar da conversa, que ocorre tanto pelo Messenger como pelo aplicativo WhatsApp, ambos acabam trocando fotografias íntimas, isto é, “os nudes”. Pouco depois da vítima enviar suas fotografias, o perfil falso afirma que trata-se de uma adolescente menor de idade. A vítima então recebe o contato de um outro número telefônico, via ligação ou mensagens de WhatsApp, onde um homem se diz pai da adolescente e, geralmente, afirma ser um policial. Na conversa, o criminoso, que se passa por pai e policial, promete denunciar o homem para as autoridades, a não ser que a vítima pague pelo silêncio. A partir daí, começa a extorsão. A vítima, que muitas vezes teme ser presa ou até mesmo teme sua exposição, acaba fazendo os depósitos das quantias em dinheiro solicitadas.

Pouco depois da vítima enviar fotos íntimas, o perfil falso afirma que se trata de uma menor de idade. (Foto: Pixabay)

Como não cair nesse tipo de golpe

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  • Evite adicionar e conversar com perfis desconhecidos nas redes sociais;
  • Evite conversar com prefixos telefônicos desconhecidos;
  • Não troque fotografias que possam ter conotação íntima através do WhatsApp, Messenger ou qualquer outro meio;
  • Jamais faça depósitos, transferências ou pagamentos para pessoas desconhecidas;
  • Se for vítima de algum golpe ou desconfiar que está prestes a cair em algum golpe, procure a polícia para ser orientado sobre os fatos e registrar ocorrência.


Clonagem de WhatsApp

Como funciona o golpe – A vítima anuncia algum produto em sites de comércio eletrônico, como MercadoLivre ou OLX, e indica o número de WhatsApp para contato. A partir daí, os golpistas enviam uma mensagem para o anunciante se passando pela empresa de comércio eletrônico, solicitando a atualização de dados cadastrais e o fornecimento do código de seis dígitos repassado via SMS. Após receber o código enviado pelo anunciante (a vítima, no caso), o golpista consegue acesso a todas as ações do WhatsApp, iniciando conversas com os contatos da vítima e solicitando dinheiro e outros benefícios.

Golpistas solicitam o fornecimento do código de seis dígitos antes de clonar o WhatsApp. (Foto: Pixabay)

Como evitar este golpe

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  • Ative a verificação em duas etapas no WhatsApp, no menu Ajustes > Conta. O aplicativo passará a solicitar a senha cadastrada esporadicamente, evitando que a conta seja utilizada por terceiros;
  • Nunca repasse dados de SMS para terceiros;
  • Fique atento com dados conflitantes nas mensagens recebidas;
  • Nunca realize transações bancárias sem antes ter certeza de com quem está falando.

O que fazer em caso de clonagem

  • Avise familiares e amigos sobre o ocorrido, informando que não repassem dinheiro nem dados pessoais para os criminosos;
  • Caso alguma pessoa tenha feito transferência, comunique a instituição bancária para que cancele a transação;
  • Registre um Boletim de Ocorrência junto à Polícia Civil, informando todos os dados trocados entre os criminosos e sua lista de contatos, como contas bancárias e endereços;
  • Envie um e-mail para support@whatsapp.com com o Boletim de Ocorrência em anexo, o assunto “Perdido/Roubado”, e o seguinte corpo de mensagem:

Prezados, Serve o presente para informar que a conta +55xxxxxxxxx foi sequestrada e que os atacantes passaram a realizar o envio de mensagens em massa (SPAM) para diversos contatos e grupos solicitando transferências em dinheiro. Solicito o bloqueio e/ou banimento imediato da conta número +55xxxxxxx. Muito obrigado.