Mais de 2 mil casos de dengue foram confirmados em janeiro no estado de São Paulo. No mês passado, 2.028 pessoas foram infectadas. Em dezembro, os casos confirmados de dengue foram 2.953. Em janeiro do ano passado, o total de infectados foi 6.002, informou a Secretaria Estadual de Saúde.
Em 2021, foram registrados 143,9 mil casos de dengue e 66 mortes pela doença. Em 2022, até o momento, houve um óbito causado pela dengue. Em 2020, ano em que São Paulo teve grande surto de dengue, ocorreram 195,8 mil casos e 144 mortes.
De acordo com a secretaria de Saúde, as principais medidas de prevenção ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, são deixar a caixa d’água bem fechada e realizar a limpeza regularmente; retirar dos quintais objetos que acumulem água; cuidar do lixo, mantendo materiais para reciclagem em saco fechado e em local coberto; eliminar pratos de vaso de planta ou usar um que seja bem ajustado ao vaso; descartar pneus usados em postos de coleta das prefeituras.
Casos devem subir em 2022
Depois de um aumento de 262% de 2020 para o ano passado, o número de casos de dengue em São Paulo (SP) deve subir consideravelmente mais uma vez em 2022. No interior do estado, embora os picos ocorram entre março e abril, já foram registrados mais de 2.000 casos e uma morte pelo vírus.
Especialistas ouvidos pela reportagem do Portal R7 analisaram a situação epidêmica do Aedes aegypti e apontaram razões pelas quais a capital paulista deve redobrar sua atenção com o mosquito nos próximos meses.
Marcos Vinícius da Silva, médico do Centro de Referência em Imunobiológicos Especiais do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e doutor em doenças infecciosas e parasitárias, diz que o cenário é preocupante pois já há uma epidemia em vigência, camuflada pela subnotificação de casos.
Em um momento de pandemia de Covid-19, considera, “com a população já acostumada com a dengue, só procuram o hospital se estiverem realmente mal, e então ficamos com muitos casos subnotificados. Não tem nem como mapear para ter um planejamento estratégico contra a epidemia”.
No período de verão, segundo Silva, com a maior ocorrência de chuvas, portanto mais criadouros para o mosquito, a partir de fevereiro ou março o número de casos deve subir. “Será um aumento expressivo”, pondera o professor.