A Secretaria do Estado da Saúde informou, nesta terça-feira (9), que o primeiro de caso de varíola dos macacos foi registrado em Fartura.
A Vigilância Epidemiológica de Fartura confirmou a informação, e afirmou no final desta manhã que trata-se de um paciente jovem e que foi infectado fora do município. A pasta ainda informou que presta toda a assistência à família, que está isolada e segue sob os cuidados da equipe de enfermagem. A coordenadora de Saúde, Marcela Salles, e a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Marilisa Garcia, concedem entrevista ao Jornal Nova Voz, na Rádio Nova Voz FM, para falar sobre o caso ainda nesta quarta (10).
Após a divulgação da notícia, as equipes gestoras das escolas da cidade farturense, em consonância com as coordenadorias de Saúde e Educação, voltaram a recomendar o uso de máscaras dentro das unidades escolares.
Segundo a Secretaria do Estado da Saúde, 1.732 casos de varíola dos macacos tinham sido registrados até a publicação desta reportagem em São Paulo.
Ao todo, 23 moradores de cidades das regiões de Sorocaba e Itapetininga (SP) foram diagnosticados com a doença. Oito são de Sorocaba, seis de Jundiaí, dois de Cabreúva, um de Várzea Paulista, um de Campo Limpo Paulista, um de Piedade, um de São roque, um de Conchas, um de Itararé e um de Fartura.
Como se prevenir
- Evitar contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele;
- Evitar beijar, abraçar ou fazer sexo com alguém com a doença;
- Higienização das mãos com água e sabão e uso de álcool gel;
- Não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos, objetos pessoais ou brinquedos sexuais;
- Uso de máscaras, protegendo contra gotículas e saliva, entre casos confirmados e contactantes.
Principais sintomas
- Aparecimento de lesões parecidas com espinhas ou bolhas que podem surgir no rosto, dentro da boca ou em outras partes do corpo, como mãos, pés, peito, genitais ou ânus;
- Caroço no pescoço, axila e virilhas;
- Febre;
- Dor de cabeça;
- Calafrios;
- Cansaço;
- Dores musculares.
Como ocorre a transmissão
- Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas;
- De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais;
- Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
- Da mãe para o feto através da placenta;
- Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
- Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.