A Câmara Municipal de Fartura adotou uma série de medidas para evitar encontros entre o presidente e a vice-presidente do Legislativo da cidade por causa de uma medida protetiva relacionada aos dois. As informações são do Portal G1.
As ações tiveram que ser tomadas depois que a vice-presidente da Câmara, Nathália da Silva Geraldo (PSDB), conseguiu uma medida protetiva na Justiça contra o seu ex-companheiro, o vereador Fernando Emílio Bertoni (PTB), conhecido como Pitukinha.
Segundo a Câmara, a Justiça determinou que o Legislativo colabore para o cumprimento da medida protetiva contra o parlamentar, ao mesmo tempo em que garanta a liberdade para os dois envolvidos exercerem suas funções.
O Legislativo informou que, por causa disso, as sessões vão voltar a ser virtuais, assim como no início da pandemia de coronavírus, e que foi designada uma servidora para tomar conta da agenda dos vereadores, evitando que eles estejam na sede da Câmara no mesmo momento.
Segundo a Câmara, a portaria com as novas medidas será publicada nesta quinta-feira (28) no Diário Oficial de Fartura.
Violência doméstica
De acordo com a Polícia Civil, o pedido de medida protetiva foi feito no último dia 21, quando a vereadora registrou um boletim de ocorrência por violência doméstica e ameaça. À polícia, Nathália disse que foi ameaçada pelo companheiro com uma arma de fogo.
Segundo a delegacia de Fartura, a vítima alegou que, motivado por ciúmes, o vereador foi até a prefeitura no dia 19 de julho e fez ameaças a ela e ao prefeito da cidade. Por causa disso, o BO foi registrado.
A medida protetiva foi concedida na sexta-feira (22), e o vereador foi intimado sobre ela no mesmo dia. Com isso, a polícia informou que Fernando deverá manter uma distância mínima da vítima e não poderá manter contato com ela.
Por enquanto, a Câmara Municipal está em recesso e vai retomar as atividades na próxima segunda-feira (1º).
Prisão por porte de arma
Depois da denúncia de ameaça com arma de fogo, a Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa do presidente da Câmara de Fartura, no sábado (23).
A polícia informou que, na ocasião, as equipes encontraram uma arma no carro de Fernando, e ele foi preso em flagrante por porte ilegal de arma.
Ainda conforme a Polícia Civil, o vereador passou por audiência de custódia e foi solto no domingo (24), depois de pagar fiança.
Dois inquéritos policiais foram instaurados, portanto, o parlamentar está sendo investigado em liberdade por ameaça e violência doméstica, e também pelo porte ilegal de arma.
De acordo com a Câmara Municipal, como a prisão do vereador ocorreu em um fim de semana, não foi necessário convocar o suplente e Fernando continuou exercendo suas funções. No momento, não há pedido de afastamento ou cassação do mandato do parlamentar.
Posicionamentos
Nas redes sociais, a vereadora Nathália Geraldo confirmou que “há uma medida protetiva em desfavor do vereador Pitukinha, tendo em vista a ameaça com arma de fogo, em contexto de violência doméstica”.
Ela disse ainda que a ocorrência não tem “relação com traição ou envolvimento com o atual prefeito, sendo as demais especulações inverdades”.
Já o prefeito de Fartura, Luciano Filé (PSDB), afirmou que não vai se manifestar sobre o caso, pois foi apenas testemunha do ocorrido.
O G1 procurou o vereador Fernando Bertoni, mas não obtee retorno até a publicação desta reportagem.