Lúpulo nacional da Brava Terra tem se destacado no país. (Foto: Arquivo pessoal)
Lúpulo nacional da Brava Terra tem se destacado no país. (Foto: Arquivo pessoal)


No último fim de semana, aconteceu na Fazenda Barra Grande, bairro rural da Taquara Branca, em Fartura, um evento da inovadora empresa de produção de lúpulo Brava Terra. Foram dois dias que o produtor e médico Daniel Palma recebeu em sua propriedade mestres cervejeiros, empresários do ramo de cerveja artesanal e representantes da imprensa para conhecer como é plantado e produzido o principal ingrediente da cerveja.

O evento começou com uma degustação de cervejas artesanais produzidas com lúpulo plantado no local e a apresentação da história, desde o início, da lavoura do lúpulo com o proprietário Daniel e o colaborador da fazenda, braço direito do produtor, o funcionário Zé Mario.

Os participantes conheceram como é a plantação do lúpulo, área de plantio e, principalmente, a parte do processo para a produto ser comercializado.

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“Eu os trouxe para conhecer o cultivo de lúpulo, pois são cervejeiros, donos de cervejarias artesanais e YouTubers, porém eles nunca conheceram uma plantação na vida”, disse o produtor Daniel Palma.

Cervejeiros, donos de cervejarias e comunicadores foram convidados para conhecer a produção de lúpulo em Fartura. (Foto: Arquivo pessoal)

O inovador passeio turístico consiste ainda no conhecimento do maquinário para o processamento da planta no produto (pelet) para produção de cerveja. Vale destacar que “pelet” é o beneficiamento da planta em um produto similar a ração, qual é utilizado para produzir a cerveja.

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Estavam presentes representantes de cervejarias dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Situada na cidade de Sorocaba, a Cervejaria Overture estava representada pelo proprietário Cesar Barreto, que veio direto de suas férias na praia para estar presente no evento.

Os participantes conheceram como é a plantação do lúpulo e a parte do processo para a produto ser comercializado. (Foto: Arquivo pessoal)

“O evento foi sensacional, o Daniel nos receber aqui em Fartura foi muito legal. O mais importante é que, desde o começo da produção de cerveja artesanal no Brasil, há 10 a 15 anos, era algo impossível produzir a bebida no país, especialmente pela dificuldade do conhecimento acadêmico, pois poucas pessoas sabiam como fazer cerveja, e também pela dificuldade de encontrar os insumos”, comentou Barreto sobre os ingredientes malte e lúpulo.

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Ele disse que hoje em dia já não existe dificuldade em comprar malte nacional, porém o lúpulo é difícil encontrar, tanto que no Brasil, provavelmente, 99% do lúpulo utilizado na cerveja produzida aqui é importado da Alemanha, Estados Unidos e Inglaterra.

“Hoje, a maioria das cervejarias brasileiras usam malte nacional, mas o lúpulo é difícil encontrar, então ter a oportunidade de ter o lúpulo brasileiro e ainda ter a opção de variedades de lúpulo, pois a Brava Terra tem feito isso de uma forma bem bacana, é muito importante para o desenvolvimento da cultura cervejeira”, ressaltou Barreto.

Similar ao vinho, com seu grande número de espécies de uvas, o lúpulo também possui variedades que são utilizadas nas mais diversas fórmulas de cerveja. A Brava Terra produz as variedades Comet, que se destacou tanto no Brasil como no exterior, Magnum, Sorachi, Zeus e Southern Brewer.

O dono da Cervejaria Overture informou que não utiliza o lúpulo da Brava Terra, mas pretende usar futuramente a planta “peletizada” produzida em Fartura. “Ter a possibilidade de usar malte e lúpulo nacional é o objetivo que todos os cervejeiros brasileiros procuram”, frisou.

Brava Terra agora quer beneficiar lúpulo de outras propriedades rurais. (Foto: Arquivo pessoal)

Brava Terra quer expandir

Pioneira no Brasil, a Brava Terra está há seis anos no ramo do cultivo e beneficiamento do lúpulo, e pretende aumentar nos próximos anos sua produção de 0,6 hectares para 10 hectares, com isso poderá atender mais empresas do ramo de cerveja artesanal.

Com uma tecnologia inovadora, na plantação foi instalada luz de led que “engana” a planta, fazendo com que ela reaja como se o dia ainda não tivesse acabado. A luz é ligada às 18 horas e fica acesa até 21h30, quando um acionador a desliga. Depois, é religada às 2h30 e fica acesa até 7h, quando o dia já está claro e a planta reage como em um dia normal. E assim as plantas ficam em um ambiente como o de seus lugares de origem, como a Europa.

Com a pretensão de expandir, o proprietário da Brava Terra objetiva beneficiar lúpulos plantados em outras propriedades rurais.

“Nossa ideia é fomentar a produção de lúpulo na região, pois é uma cultura de alto valor agregado, onde produtores familiares com uma pequena área poderiam plantar o lúpulo e a Brava Terra compraria esse lúpulo após secagem ou in natura para beneficiar em nosso barracão, pois temos toda a estrutura para execução desse processo e a comercialização”, destacou Daniel Palma.

Interessados podem entrar em contato pelo site bravaterra.com.br ou pelo WhatsApp (11) 99291 3239.